O Candidato a presidente da Coopera, Ricardo Ximenes, questionou uma série de informações divulgada pelo presidente da Coopera, Walmir Rampinelli quando o assunto é a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Boa vista, a obra de geração de energia da Coopera que está sendo construída em Lages. Segundo a Coopera, o empreendimento deve ser entregue nos próximos 90 dias.
“Quero dizer que eu fui lá visitar a PCH em Lages e não é nada disso. Encontrei lá uma obra abandonada, sem sequer um guarda para cuidar. Tinham duas pessoas de uma empresa terceirizada fazendo a manutenção do local onde estão os motores, maquinário e a fiação, pois tinha sido tudo inundado por mais 28 metros de água. As fotos desmentem que está tudo bem, pois não está. O projeto foi mal feito. O local nem terminou e já foi inundado. Deveriam ter feito o que o prefeito Clésio Salvaro está fazendo em Criciúma. Com investimento de R$ 4,5 milhões, Criciúma vai gerar 1 megawatts. Na PCH de Lages foram gastos R$ 14,5 milhões, R$ 10 milhões a mais por megawatts”, comenta Ximenes.
O tempo de 90 dias para a entrega foi dado por Fábio Rigatti, diretor técnico da Vaccaro Construtora, que Ximenes afirmou ser sócia em 10% da PCH. “A Coopera tem 90% e a Vaccaro tem 10% da PCH. Quem sabe disso, ninguém? Aliás, quem sabe que todo o investimento, que está em R$ 70 milhões e vai ultrapassar os R$ 80 milhões, foi investido pela Coopera. Este dinheiro investido lá, se corrigido, ultrapassa os R$ 100 milhões. Fui estudar a PCH e descubro que a Vaccaro tem 10%, mas não fez nenhum aporte, não investiu nenhum centavo. Nada está nas atas da Coopera. Inclusive a Vaccaro está recebendo da Coopera por fazer a obra e não é pouco. Isso é um absurdo. Sem falar que em entrevistas, Rogério Feller está dizendo que a PCH já está pronta e preparada para operação”, enfatiza Ximenes.
“Desafio o gerente Rogério Feller a mostrar os contratos assinados da venda de energia. Pois a obra ainda vai levar tempo para gerar energia. Rampinelli fala em R$ 600 mil/mês (material disparado à imprensa). Já o Feller fala em R$ 700 mil/mês (folder de campanha) o valor a ser pago pela energia gerada na PCH. Não estamos falando de R$ 5 mil no erro de cálculo, mas sim R$ 100 mil mês. É um número expressivo. Quem está mentindo?” Finaliza Ximenes.
