A dor é considerada o quinto sinal vital, sendo uma experiência multidimensional relacionada a aspectos físicos e emocionais. Imagine viver com uma dor constante que, muitas vezes, não deixa você de realizar tarefas consideradas simples do dia a dia, o impedindo de ser produtivo em casa e no trabalho.
Esta é a realidade de muitas pessoas, e na busca por ampliar o debate em torno, principalmente, da dor crônica, a Unesc recebe nesta segunda-feira, 06, o III Simpósio Interdisciplinar sobre Dor Crônica da Região Carbonífera.
A primeira parte do evento ocorreu durante a manhã, no Auditório Ruy Hülse, e contou com palestra dos professores doutores Jamir Sardá e Micheline Koerich, além do Doutor Bruno Loz. “A nossa Universidade tem oito programas de mestrado e cinco de doutorado, sendo que momentos como este proporcionam uma conexão perfeita entre a ciência, que nós produzimos aqui, e a finalidade a que ela deve se destacar que é a conexão com aqueles que estão no cenário de práticas cuidando das pessoas que apresentam o fenômeno da dor e precisam, portanto, das diferentes intervenções. Além deles, temos aqueles que estão em processo de formação e precisarão, amanhã, em qualquer área da saúde, enfrentar um fenômeno como este”, destaca a reitora, Luciane Bisognin Ceretta.
O conhecimento científico e a fomentação do aprendizado, especialmente, sobre dor crônica, estão entre os objetivos do simpósio. “Cumprimos o nosso papel de Universidade Comunitária tendo o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, que representam os pilares de uma universidade, e trazendo a produção do conhecimento externo para conectar com o aprendizado dos nossos estudantes ou dos nossos profissionais”, conclui a reitora.
Multiprofissional e Interdisciplinar
Além das palestras, o período da manhã ainda teve a mesa redonda “Do Acolhimento ao Controle da Dor Crônica”. “Este é o terceiro simpósio para refletir e aprofundar informações qualificadas sobre a dor crônica, algo que é tão frequente e desafiador para quem atende os pacientes e, de forma tão complexa, desafia os profissionais de saúde. Assim é também com os estudantes quando começam a ter contato com os pacientes, tanto em disciplinas de estágio ou outras formas de interação”, fala o presidente do simpósio, Willians Cassiano Longen.
Ele acrescenta que a ideia do evento surgiu de um grupo de reabilitação de trabalhadores, do qual faz parte. “O principal sintoma apresentado por eles está relacionado à dor. Isso nos motivou a desenvolver o primeiro evento, mas queremos contribuir com a redução em outras áreas, porque a diminuição da dor é importante para todos. É uma temática transversal para todas as especializações, por isso o evento se propõe a sensibilizar toda a relevância da temática e as possibilidades que temos, além de trabalhar a inscrição curricular neste assunto, tanto no Ensino, na Pesquisa e bom atendimento clínico, comunitário e hospitalar para podermos aprender mais sobre o assunto e como minimizar o sofrimento humano”, pontua.
Mais debate
A programação do simpósio será retomada à noite, com outras três palestras proferidas pelos professores João Henrique Araújo, Carlos Moreira e Fernanda Milanez. Uma mesa redonda interdisciplinar também será realizada. “A alegria é o sentimento comum por poder estar aqui e ver o auditório encher. Este é um tema transversal e todos os profissionais da saúde se deparam com isso no dia a dia, o olhar tem que ser indisciplinar, como é a proposta deste evento. Estamos muito felizes em ir para a terceira edição, agora voltando ao presencial, possibilitando esta troca. Um momento importante para tirar dúvidas e para a interação entre os profissionais de todas as áreas da saúde”, cita a coordenadora do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Unesc (PPGSCol), Cristiane Damiani Tomasi.
Redação Portal Veneza