
O deputado estadual Rodrigo Minotto (PDT) utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa na tarde desta terça-feira (24) para solicitar a interferência do Governador Raimundo Colombo no impasse envolvendo a nova contratualização do Estado com o Hospital São José, de Criciúma. Para o parlamentar, a situação é delicada, e os serviços prestados pelo hospital são essenciais para toda a região sul do estado.
Com 1070 colaboradores, 241 médicos e 48 residentes, o Hospital São José enfrenta uma grave crise financeira e as dívidas ultrapassam R$ 15 milhões, havendo, inclusive, a possibilidade de paralisação dos atendimentos. “Faço um apelo ao Governador Raimundo Colombo para que interceda nesta negociação.
Sabemos do seu bom senso e da preocupação com a área da saúde. Se o Estado não puder bancar tudo o que precisa o hospital, que se busque a interferência, também, do Governo Federal. O que não podemos é deixar o Hospital São José fechar as portas”, argumentou o deputado Minotto.
Na segunda-feira (23), uma nova rodada de negociações entre o Estado, Prefeitura de Criciúma e o Hospital São José não teve avanços. Quando esteve em Criciúma há 10 dias, o Secretário de Estado da Saúde, João Paulo Kleinubing, manifestou a possibilidade do Governo do Estado pagar todo o extra-teto e 20% sobre a produção de média e 10% da alta complexidade.
Somados os valores chegam a aproximadamente R$ 25 milhões anuais, mas o valor ainda não atende as demandas de acordo com a vice-diretora do Hospital, Irmã Terezinha Buss.
João Manoel Neto|Foto: Eduardo Guedes
Eu acho engraçado como os governantes tratam as finanças públicas e o patrimônio estatal; que é propriedade de todos; como se fosse extensão da sua conta bancária e o quintal de suas casas, porque o povo necessita de saúde e no entanto fica refém no meio de uma briga de interesses políticos de pessoas que deveriam proporcionar o bem à coletividade. Na minha casa, se um membro da família fica doente, eu largo tudo, adio as férias, paro a reforma, raspo a poupança e resolvo o problema. Na administração pública é diferente, aqui em Nova Veneza por exemplo existe a mesma carência na área da saúde, mas quando indagado o prefeito, ele só sabe dizer: ” A parte da prefeitura já foi repassada” e o povo que se dane. Prefere-se construir uma passarela para romeiros; que para o povo da cidade é inútil; vai servir apenas pros fanáticos que vem de fora usufruir, do que se investir efetivamente na saúde do povo. TODOS PAGAM IMPOSTOS, MAS SÓ ALGUNS USUFRUEM.
Se é o Governo o maior devedor, vai dar a lógica, nada será resolvido.