Nesta quarta-feira, 30, a Polícia Militar encontrou treze cães com suspeita de maus-tratos após um vídeo circular nas redes sociais. O vídeo foi o estopim para uma denúncia contra um homem que mantinha os animais em uma propriedade rural localizada na Via Centenária, próximo ao centro de Nova Veneza.
O caso está sendo apurado pela Polícia Civil e se condenado o homem pode responder pelo crime de maus-tratos contra animais, com previsão de pena de 2 a 6 anos, multa e proibição da guarda.
Conforme o delegado Ari José Soto Riva, responsável pela investigação, só após a perícia para verificar os maus tratos a polícia poderá dar mais informações sobre a situação.
A ocorrência foi realizada pelos agentes da 2ª Delegacia de Polícia de Criciúma e de Nova Veneza, com apoio da Polícia Militar, Instituto Geral de Perícias (IGP), Fundação do Meio Ambiente (Fundave) e Vigilância Sanitária de Nova Veneza. Conforme a Fundave, já existe um processo administrativo desde a semana passada para investigar a situação.
Nota da defesa
As advogadas Milena Peterle Savio e Jamila Peterle dos Santos, encaminharam ao Portal Veneza uma nota sobre a versão da defesa.
“Meu cliente tem vários cães de estimação há anos, e recentemente mudou o local de cuidados para o atual endereço, objetivando aumentar seu espaço livre. Ocorre que há pouco tempo um dos seus animais foi envenenado, o que o levou a restringir a saída visando proteger-lhes as vidas. Na última semana foi informado pela associação do meio ambiente de nova Veneza que receberam denúncias e; indo no local, os agentes identificaram a necessidade de adequação e delineamento físico do canil, bem como a retirada de arroz e outros amidos que fornecia diariamente em conjunto com a ração cuja marca e procedência foi comprovada para a associação.
Estávamos esperando a finalização do procedimento da associação para firmar um ajuste de conduta, e fomos surpreendidos com notícias de pressão à órgãos públicos e fiscalizadores, e ofensas em redes sociais, bem como o chamado das polícias civil e militar no dia de ontem e hoje. Eu e minha sócia estivemos no local acompanhando o trabalho de apuração dos fatos realizado pela Polícia Civil, que solicitou a perícia do IGP para o fornecimento de análise técnica e assim poder concluir o que é e o que não é verdade daquilo que foi denunciado.
Esclarecemos que já temos vasto material probatório, preponderantemente oriundo de internet, que irá encabeçar diversas ações, que abarcam desde criminais e cíveis, por ferirem a imagem do nosso cliente, além de deturpar a realidade dos fatos; ferem direitos de propriedade que estão garantidos na legislação brasileira. Sabemos que ao findar dos procedimentos em andamento, a verdade ficará clara e mostrará que meu cliente criava seus cães da forma que entendia correta. Os cães em questão latem pela natureza de sua raça, e alguns que estão mais magros são aqueles que estão em tratamento veterinário ou estavam na beira da estrada (local é em frente à rua que faz parte de trajeto de abandono) e ele acabou acolhendo, alimentando e tratando. Nunca se opôs à necessidade de ajuste do local e hábitos, nem se furtou a nada que lhe fosse solicitado. Por tal razão, julgamos desproporcionais as atitudes de algumas pessoas em relação a algo que estava em vias de resolução com a Fundave.
Por fim, informamos nossa disposição para dirimir quaisquer eventuais dúvidas sobre o fato envolvendo nosso cliente, que lamentavelmente foi objeto de ampla veiculação sem a devida cautela e anterior averiguação da realidade fática, firmando nosso compromisso com a verdade.“
Redação Portal Veneza
