
O Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa 100% Pública reuniu bancários das 13 agências de Criciúma e Região e do país em defesa do banco. As entidades sindicais e os trabalhadores estão preocupados com a possibilidade de abertura de 25% das ações da Caixa para o mercado anunciada pelo Governo Federal.
Neste primeiro protesto, postaram fotos segurando um cartaz com a frase: “Eu defendo a Caixa 100% Pública”. A mobilização foi organizada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE/ Caixa), Federação Nacional dos Empregados da Caixa (Fenae) Contraf-CUT e o Sindicato dos Bancários de Criciúma.
A Caixa é um banco 100% público e desde a sua fundação está a serviço da nação brasileira. E um instrumento de políticas públicas que os chamados bancos de mercado não realizam. “O Governo Federal quer abrir o mercado do único banco público brasileiro para os acionistas.
Com a interferência ele poderá opinar sobre as ações do banco, inclusive, nos projetos sociais somente efetuados pela Caixa e, isto é preocupante”, pontua o presidente do Sindicato, Edegar Generoso.
Para o conselheiro da Fenae e funcionário da Caixa de Criciúma, Laercio Silva, o ato dos trabalhadores neste momento é fundamental para abrir a mobilização pela Caixa 100% pública ao mesmo tempo, em que mostra a unidade das entidades representativas dos empregados em nível nacional.
“O espirito que nos move é que a Caixa é mais do que um banco, é rentável e, abrindo seu capital nós seremos apenas mais um banco e a sociedade não precisa disso”, pondera o bancário. Para Laércio a Caixa exerce um papel fundamental que é o papel social como o Programa Bolsa Família, referência para os demais países e elogiado pela ONU, “e a interferência do mercado trará prejuízos para toda a sociedade”, avalia. Um comitê nacional intersindical foi criado esta semana em defesa da manutenção da Caixa 100% pública.