Desde o início dos anos 60 sempre tive curiosidade e interesse em conhecer as biografias e a maneira de agir dos líderes políticos regionais. Era época de Nelson Alexandrino, primeiro prefeito pelo MDB velho de guerra de Criciúma, de João Sonego, Nico Guglielmi, Aristides Bolam, Algemiro Manique, Altair Guidi, Lirio Rosso, Romeu “Penicilina “, Diomicio Freitas , Nereu Guidi, José Augusto Hulse, Eduardo Moreira , entre tantos outros. De todas as apurações que acompanhei, a mais sensacional foi , sem dúvida, a protagonizada na eleição de José Augusto Hulse para prefeito: Nereu Guidi liderou com folga quase todo o tempo mas ao aproximar-se do final começaram a ser apuradas as urnas dos bairros e a vantagem foi caindo, caindo, caindo até que com a soma das últimas urnas o Zé conquistou uma vitória apertadíssima.
Agora, com o findar das eleições 2016 e com os ânimos serenados busco no passado estes fatos par poder compará-los com o passado e o presente , indiscutivelmente, atende pelo nome de Clésio Salvaro. As primeiras lembranças que tenho remontam a uns trinta anos atrás e se relacionam a um Salvaro que era candidato a vereador em Siderópolis e seria o “start “ para o projeto do minerador Henrique Salvaro de “ salvarizar ” a região. Não sei de nenhuma atividade profissional anterior do Clésio mas a partir daí deu-se a largada para uma ascensão meteórica e ele empilhou mandatos de vereador, deputado estadual e prefeito.
Posso até estar enganado mas tenho a impressão que ao longo do caminho foi construindo um ” personagem” para si mesmo e o fez com extrema habilidade e eficiência, tão bem que passa a sensação de vive-lo vinte e quatro horas por dia. Este é o Clésio para consumo externo; a real personalidade, o ser humano , é uma constatação para muito poucos e muito íntimos.
Parando para avaliar friamente, o “homem” se tornou Prefeito com 70 % dos votos, foi reeleito com 70 % , foi destituído do cargo pelos tribunais, fez seu vice tornar-se seu sucessor com 70 % , rompeu com o tio rico, enricou, ficou sem cargo por quatro anos, rompeu com seu ex-vice em circunstâncias misteriosas sobre as quais nenhum dos dois dá detalhes e acho que nunca saberemos o que realmente ocorreu, voltou a se candidatar, namorou “os abutres do Dudu” e sapecou uma sonora goleada no agora desafeto “Marcio e eu ” tornando-se o Prefeito eleito com o maior número de votos da história de Criciúma, com quase 80 % .
Isso mostra algo nunca visto ! A figura do “Crezo” está no ideário dos habitantes de Criciúma, muito acima de ideologias, de partidos, de movimentos sociais, de time de futebol, de “ Cerco de Jericó”, de Evangélicos, Ateus , etc…tendo inclusive uma capacidade grandiosa de ser convincente até quando se trata de discorrer sobre suas próprias contradições. É um fenômeno a ser estudado pela NASA.
A maioria dos seus eleitores declara em alto e bom som que “este sim ” ,“ trabalha e faz pela cidade “. É uma afirmação irrefutável pois os números e ações salvarianas não deixam margem a nenhuma dúvida. Afinal ele já está no ” batente ” as seis horas da manhã sem horário para terminar o expediente e esta atividade febril não respeita sábado, domingo, feriado, copa do mundo, Rock in Rio ou show do Latino tendo levado as vezes, seus assessores diretos ao desespero para conseguirem acompanhá-lo. Tem uma charge do excelente Marcos Sonego, publicada na Tribuna uns dias atrás que mostra bem este espírito : o “Creso” , ao lado de materiais de construção, pilotando um carrinho de mão, postado nas imediações da Prefeitura incendiada e ainda destruída e falando : – Há, Maárcio ! Deixa, Deixa eu começar a arrumar já !
É exatamente esta “aura” que o acompanha… Vale ressaltar que nunca tive nenhum contato pessoal com ele e apenas o avistei, de longe, em raras ocasiões mas a impressão que dá é que é movido a “energia nuclear “. Creio ser ele a melhor expressão regional da figura do ” político profissional ” e com todo este “furacão” não me surpreenderia nem um pouco se em um futuro próximo o “home “ estiver almejando “ vooos “ bem mais altos no cenário político catarinense. Ainda estamos vivendo este turbilhão salvarico e só daqui a muitos anos a História nos revelará o veredicto final de tudo o que representa para Criciúma este período e aonde e como tudo isso vai terminar mas é inegável que existe uma Criciúma antes e uma Criciúma depois de Clésio Salvaro. O “Crezo “ é fo…go !
Nova Veneza dançante
O segmento da dança está entre as expressões mais significativas de nossa cultura. A semana que passou foi marcada por dois eventos que ratificam esta afirmação. Na noite de quinta-feira o Ginásio de Esportes Alfredo Bortoluzzi completamente lotado assistiu a fase regional do Festival Dança Catarina 2016.
É uma competição em nível estadual promovida pela FESPORTE e que congrega todas as cidades e escolas públicas do estado. Foram várias apresentações das mais diversas modalidades com muito ritmo , beleza e música. Para a alegria de nossa gente, o Colégio Abílio Cesar Borges conquistou o primeiro lugar em sua categoria e nos representará na fase final do festival que ocorrerá em Itá no mês de novembro.
Na noite de sábado foi a vez do Grupo Folclórico Ítalo Brasileiro mais uma vez nos muito bem representar no Festival Unesc em Dança, realizado nas dependências do Teatro Elias Angeloni , em Criciúma. Participaram com duas coreografias; o Grupo Adulto mostrou a Dança “ Matracole ou Tamburello ” enquanto o Grupo Juvenil apresentou a Dança das Fitas( para as internas do grupo, a noite passou a ser conhecida como aquela em que a Vanesa Begnini “quaaaaaaaaaase ” dançou as Fitas….. ).
Clássico da polenta
E o Estádio Darci Marini voltou a “ferver” com a edição de mais um clássico da polenta. Na prática o jogo só serviria para decidir o cruzamento da próxima fase e se acreditava que seria um “ mar de tranquilidade”. Não foi o que se viu , dentro e fora do campo. Quanto ao jogo em si, foi como sempre, intensamente disputado, com algumas chances de lado a lado , começando com uma cobrança de falta de Leomir pelo Carava que explodiu na trave de Passarella e terminando com algumas boas defesas do goleiro , com o gol do “ centroavante” Cleitão de cabeça , em cobrança de falta por Mazinho para o Metro e mais uma bola na trave do goleiro Pedro Paulo.
Pelo lado do Caravagggio destacamos a boa partida de Leomir e de William e pelo Metro, o goleador Cleiton, a atuação perfeita de Celito e a boa estréia de Leandro Melo. O show ficou por conta do vermelhão da torcida e o grande número de torcedores presentes. Para marcar a rivalidade, infelizmente tivemos momentos desnecessários de agressão e tumulto dentro de campo e um pequeno atrito entre os torcedores , não vi, mas me contaram que a bronca ficou por conta da presença de um polêmico ex- jogador ( bah ! que faaaase , ex-jogador …? ) com a camisa do Carava em meio a torcida do Metro… Os momentos de criatividade ficaram por conta da faixa da torcida do Carava que dizia “Joguem como bebemos…” , segundo meu amigo da torcida organizada azul , se os atletas cumprirem a risca , o Carava vai para a Libertadores …. Outra expressão interessante foi quando o senhor , torcedor do Metro presenciava a alegada simulação de agressão sofrida pelo Tijolo … o torcedor vermelho declarou : Bah ! que falsinho este tijolo … acho que é tijolinho de isopor …
Semi-finais da Larm
Teremos no próximo final de semana o início da fase semi-final da LARM com a realização dos jogos de “ida “. No sábado, em Cocal, o Cocal do Sul recebe o Caravaggio enquanto no Domingo a tarde o Araranguá será visitado pelo Metropolitano. Já na categoria Júnior o Caravaggio enfrentará o Turvo e o Metropolitano pegará o Meleiro.
Dica da semana!
Está nas telas dos cinemas da região o filme “Inferno” . Baseado num livro de Dan Brown , autor do famoso Código Da Vinci, o enredo nos leva a acompanhar o mesmo personagem , Robert Langdon ( representado por Tom Hanks) por vários locais da Itália e de Istambul (locações sensacionais ) numa corrida desesperada para livrar a humanidade de uma terrível ameaça. Toda a trama está baseada na obra prima homônima de Dante Aligheri e reúne História, arte e ação com um desfecho surpreendente. Vale a pena ser visto !