Margarete Ugioni: Consumir – apelo comercial

Estamos vivendo uma era de total consumismo. São apelos comerciais por todos os lados, seja no rádio, TV, jornais, revistas e nos tempos atuais através da internet e do telefone. Não nos dão sossego.

É incompreensivo da nossa parte, consumidores, ouvirmos dos comerciantes que as vendas estão em baixa, baixa pra quem? Quem tem comércio sempre encontra uma forma de chamar nossa atenção, aproveitando qualquer data comemorativa para se tornar motivo de vendas.

Vamos começar pela virada do ano. São roupas especiais, cores específicas, bebidas e alimentos típicos.

Antes ainda do Carnaval temos as compras do material escolar que nos arrancam os olhos, principalmente se nossos filhos estiverem conosco.

Carnaval: época de mais uma paradinha na produção, temos os bailes, as fantasias, muita bebida e para quem não se diverte nos bailes, aproveita a folga esticada  para tirar um descanso em pousadas, por exemplo.

Páscoa: Meu Deus é muito chocolate! Impossível resistir e não comprar chocolates, ovos e coelhinhos pra todo mundo.

Dia das Mães: quem pode ser tão insensível e não presentear sua mãezinha adorada? Ninguém, assim espero. E feliz de quem ainda tem sua mãe para poder mimá-la. Além dos presentes os filhos aproveitam a data para livrá-la do fogão, almoçando em restaurantes – diga-se de passagem, que é necessário marcar uma vaga com bastante antecedência se não quiser ficar na mão.

Dia dos Namorados: os apaixonados gostam de demonstrar seu amor nesta data tão esperada com um presente, se não fizer parece que não há amor. E a moda está “pegando” até pra quem já passou da fase de namoro, como é o caso dos casados.

Dia dos Pais: geralmente o pai é quem dão dinheiro para seus filhos pequenos presentear suas mães, e como não retribuir quando chega a sua data?Ele também merece que gastemos uns trocados para homenageá-lo.

Dia da Independência do Brasil – 7 de setembro: é uma data de mostrarmos nosso civismo, mostrar que apesar de tudo – vocês sabem do que estou falando – o Brasil não merece nosso desprezo, devemos sim, demonstrar nossa indignação nas urnas. E para fazer bonito precisamos comprar uniformes novos e quando não, algum outro tipo de roupa para pelotões especiais.

Dia das Crianças: nesta data o apelo é muito grande, não dá para ignorar os pequeninos, na verdade eles não se deixam esquecer, aguardam com muita ansiedade mais um brinquedo novo. Além dos brinquedos para nossos filhos ainda temos o “dever” de ajudar nas campanhas para arrecadar brinquedos para as crianças menos favorecidas.

Dia dos Finados: homenagear nossos mortos é uma cultura que já vem de muitas décadas atrás. Minha família tem o cuidado de manter e visitar nossa capela onde estão meus pais enterrados como se fosse realmente a casa deles, mantendo-a limpa, com flores, velas e impostos em dia.

Natal: Data de muito comércio, a cidade toda se enfeita para que não esqueçamos o quanto é importante comemorarmos esta data. Costumamos ter listas enormes de pessoas para presentearmos, eu particularmente tenho. Faço com muito prazer sempre que dá, pois como minha mãe sempre pregou: é melhor dar do que ter que pedir. Concordo plenamente.

Crianças, adultos todos esperam ser lembrados por alguém. É um clima maravilhoso, tudo é festa, alegria, compras, presentes, luzes, correria, planos, cardápios, perus, bebidas e, jamais esquecendo, do verdadeiro sentido do Natal que é o nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo.

Concordam que temos muito que comemorar? Temos muito que gastar?

E além destas datas temos os aniversários dos que nos são queridos.

Ah! Não se pode esquecer o Dia dos Avós…

Maria Margarete Olimpio Ugioni