Como educar financeiramente as crianças desde cedo

Ter uma vida adulta estável e saudável requer, entre outras questões, que se saiba administrar a vida financeira. E esse aprendizado pode e deve começar ainda na infância.

De acordo com especialistas, a educação financeira na primeira infância é um passo importante para que os pequenos se tornem adultos que lidem de forma consciente com o dinheiro. Com isso, espera-se também que se evite, no futuro, endividamentos e comportamentos consumistas.

E o ensinamento pode começar entre os 5 e 7 anos, quando as crianças começam a entender melhor o valor do dinheiro. Mas como fazer isso na prática?

As escolas já estão incluindo a educação financeira na grade curricular. Mas o primeiro passo deve ser dado em casa e com o exemplo dos pais. Se os pais gastarem muito, a criança seguirá seus passos.

Além disso, é possível inserir no dia a dia algumas ferramentas lúdicas para educar financeiramente as crianças.

1.     Brinquedos

Existe um consenso entre os especialistas que se aprende melhor durante as brincadeiras. Portanto, para começar, os pais podem utilizar recursos como os jogos infantis de matemática e finanças.

Exemplos que funcionam bem na educação financeira infantil são os jogos de tabuleiro, como o banco imobiliário que, de maneira leve e divertida, ensina sobre compra, venda e poupança.

2.     Mesada ou semanada

Como vimos, entre os 5 e 7 anos a criança já tem condições de compreender melhor o valor do dinheiro. Por isso, é nessa fase também que é recomendado incluir a mesada ou semanada na rotina dos pequenos.

Os pais podem orientar os filhos na administração do orçamento, mas também devem deixá-los livres para escolher como irão gastar a mesada, seja na compra de gibis, no cinema ou em lanches.

Com isso, a criança terá autonomia – e o desafio – de gerir o próprio dinheiro e tomar decisões que trarão consequências, boas ou ruins, levando ao aprendizado.

3.     Cofrinho

Por volta dos 8 anos, a criança conseguirá entender os benefícios de poupar, com o objetivo de comprar algo que deseja.

Para tanto, recomenda-se que os pequenos tenham um cofrinho. Com isso, será possível acompanhar a entrada de dinheiro, contabilizar o saldo e valorizar cada moedinha que a criança juntar.

4.     Dever de casa

O simples ato de economizar na conta de energia, ao apagar a luz quando sair do quarto, pode ser uma ferramenta de aprendizagem para os pequenos.

Mas também é possível ir além e, como dever de casa, analisar as contas de casa e criar um plano de redução de consumo e de gastos. Com isso, a criança vai desenvolver o hábito de planejar gastos dentro de um determinado orçamento, evitando as dívidas.