Comando rejeita proposta e Assembleia poderá deflagrar greve dos bancários

A falta de uma proposta que contemple a minuta de reivindicação dos bancários apresentada pela Federação nacional dos Bancos (Fenaban) ao Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), no dia 05 de setembro na mesa de negociação em São Paulo, pode indicar greve da categoria.

Assembleia dia 12 de setembro, às 18h, na sede do Sindicato dos Metalúrgicos em Criciúma deverá aprovar a paralisação a partir do dia 19. As Assembleias acontecem em todas as regiões do país. Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Criciúma e região, Ronald Pagel Soares, os banqueiros ofereceram apenas o reajuste de 6,1% (reposição da inflação) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas. “Se limitaram a oferecer o INPC e não apresentarem nada de aumento real e de melhoria da PLR e sobre emprego. Nenhum avanço para a saúde dos trabalhadores e da melhoria as condições de trabalho e que aponte para o fim das metas abusivas e do assédio moral. Nenhuma proposta para melhorar a segurança bancária entre outras. Se até o dia 19 eles não apresentem uma nova proposta dentro das expectativas da categoria iremos parar”, poderá Ronald.

Conforme o sindicalista, a concentração do lucro dos bancos retém a maior rentabilidade do sistema financeiro mundial. Os seis maiores bancos tiveram lucro líquido de R$ 29,6 bilhões no primeiro semestre. “Porém, eles estão negociando com total desrespeito a categoria. Só uma forte mobilização em todo o país fará os bancos melhorarem a proposta”, avalia. Na Campanha Nacional dos Bancários desse ano com o tema: #vempralutabancárioebancária eles reivindicam:

Reajuste salarial de 11,93% , sendo 5% de aumento real mais inflação de 6,6%;PLR: três salários mais R$ 5.553,15;

Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese);

Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês;

Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários;

Fim das demissões, mais contratações; combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho; Prevenção contra assaltos e seqüestros . Em Criciúma são cerca de mil trabalhadores distribuídos em nove municípios de base do Sindicato.

Maristela Benedet