Chapecoense terá luta dura para evitar primeiro rebaixamento

A Chapecoense tem como um de seus orgulhos nunca ter sido rebaixada após subir para a Série A em 2013. Infelizmente o ano de 2018 pode tirar ela desse seleto grupo que conta com Santos, São Paulo, Flamengo e Cruzeiro.

Com 31 pontos e na 18ª posição, a Chape está apenas dois pontos atrás do Vitória, primeiro fora da zona do rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Mas mais preocupante que esses números é o futebol apresentado, bastante abaixo de campanhas fortes, como a de 2016, ano também de sua marcante tragédia.

Muitos esperavam que em 2017 o time catarinense fosse ter muita dificuldade para ficar na Série A, já que perdeu todo seu elenco no desastre aéreo na Colômbia e precisou montar um novo time às pressas. Mas a equipe teve um segundo turno incrível – o melhor da competição – e ficou em 8º, garantindo vaga na Libertadores de 2018.

Dessa vez uma reação igual não será possível. Mas o torcedor já vai agradecer aos céus se os pontos forem suficientes para escapar dos quatro últimos.

Chapecoense terá luta dura para evitar primeiro rebaixamento

Mudanças para tentar a virada

A Chape demitiu Guto Ferreira e trouxe Claudinei Oliveira, ex-Santos e Atlético-PR, entre outros. Na temporada passada, a chegada de Gilson Kleina foi um dos fatores para a arrancada e a ideia é conseguir efeito similar com Claudinei.

Pelo menos na estreia, nada feito: o time foi presa fácil para um Cruzeiro que muitos esperavam estar desinteressado, por acabar de conquistar o título da Copa do Brasil e não ter mais o que disputar no Brasileirão. O 3 a 0 foi feio e mostra que há muito trabalho a ser feito.

A primeira ação foi trazer o veterano Wellington Paulista de volta ao elenco. O atacante estava afastado desde agosto e treinando com o sub-23.

Mas o problema não é tanto o ataque, que com 29 gols, está melhor que o do Cruzeiro, Ceará, Sport, Paraná e América-MG e igual ou próximo de Botafogo, Atlético-PR, Bahia e Corinthians.

O problema é claramente a defesa, que com 45 gols só não é pior que a de Vitória, Sport e Paraná e cria uma grande distância para de outros times que estão ameaçados, mas ainda fora da zona: Corinthians (29 sofridos), Bahia (31), América-MG (35). Até o Ceará, 17º e dentro do Z-4, tem muitos menos gols sofridos: 31.

Próximos confrontos

Algo positivo para subir na tabela em um torneio de pontos corridos é encarar rivais diretos, próximos na tabela. Na 31ª rodada a Chape vai receber o América-MG, que tem três pontos a mais. Uma vitória não cria a ultrapassagem (por causa do saldo de gols muito distante), mas já é um sinal verde. O time é favorito pelas casas de aposta.

Depois de encarar Bahia e Santos fora de casa, o time volta para sua torcida para pegar o Botafogo, outra equipe ameaçada e que neste momento tem 35 pontos. O time ainda pega o Sport em casa em outro duelo de desesperados, na 36ª rodada, antes de pegar Corinthians fora e São Paulo em casa para fechar o campeonato.

Conclusão

São oito jogos, quatro fora e quatro em casa, para a Chapecoense tentar se livrar da segunda divisão, algo que seria comemorado não só por sua torcida, mas também por uma grande massa de seguidores que o clube conseguiu após a tragédia e a reorganização do clube nos meses que se seguiram.

O número mágico para se salvar é 45, parecendo até alto para o tanto de times que disputam a “escapada” do Z-4. A Chape, com 31 pontos, teria que fazer 14 dos 24 em disputa, o que parece uma tarefa difícil. Mais fácil pensar que vitórias contra América-MG, Botafogo, Sport e São Paulo e beliscar pelo menos dois empates fora já garante esse número.

Redação Portal Veneza