Cartas ao absurdo parte III

O mundo me pareceu absurdo até pouco tempo atrás!
Acreditava apenas em uma loucura coletiva!
Na perda dos sentidos!
E do respeito a singularidade humana!

Chorei por alguns dias!
Na agonia de perguntas, que até então estavam sem respostas!
Não que hoje as possua!
Mas diferentes ressoam em minha mente!

Menti a mim mesmo quase que todos os dias!
Acreditando no ideal!
Que idealizado apenas por mim mesmo,
Me fez despejar lágrimas de infelicidade!
De vaidade, e também de raiva!

Neguei-me a enxergar o que estava tão próximo!
A ouvir, o conselho de um amigo!
Que hoje inimigo se tornou!
E pedras tentou me acertar!

Por uma hora me vendi!
Fiquei no mercado,
Como o pão que exposto, perece ao vento!
Perdendo seu sabor!

Ouvi histórias!
E mais lágrimas derramei!
Desacreditei finalmente que haveria solução!
E perdido entre versos incompletos,
Joguei fora os cadernos de anotações!
Deixei para lá a mania de se conectar!
E chorei mais uma vez!
Para no fim entender, que muita coisa se vai!