No dia 10 de maio de 1970, um grupo de seis amigos reuniu-se, após a aula de canto, no salão de festa de Nossa Senhora do Caravaggio para fundar uma agremiação esportiva. A ideia era fomentar o esporte e poder jogar, de forma mais organizada, com uniforme e chuteira. Foi, então, que surgiu o Caravaggio Futebol Clube, uma instituição sem fins lucrativos, mas que eternizou seu nome em Santa Catarina e no Sul do Brasil, sendo campeão de tudo que disputava.
Depois de 51 anos, um renascimento e a nova chance de brilhar no esporte. Reuniões com a comunidade, ideias, propostas, consultas à torcida, empresários e ex-dirigentes. Aliado a tudo isso e a aceitação da comunidade que, no dia 13 de maio, o Azulão da Montanha anunciou, de forma oficial, a entrada no futebol profissional e a chance de disputar a Série C do Campeonato Catarinense. “Entramos com os pés no chão e o que acontecer estamos ciente do que vamos fazer”, disse o presidente Samuel Milanez, ainda no dia do anúncio oficial.
De lá para cá, muita emoção e, lógico, trabalho. Todo planejamento foi montado, Leandro Melo foi anunciado como diretor de futebol, Serraninho como técnico e Chumbo, conhecido da torcida, como auxiliar. “É uma tensão muito grande, tem um frio na barriga para essa estreia”, descreve Melo.
O grupo passou a treinar diariamente e teve que moldar a sua estrutura. Iniciou a reforma do Estádio da Montanha para, o mais rápido possível, voltar a receber seu fanático torcedor no estádio. Enquanto isso, os jogos vão acontecer no estádio do Próspera, o Mário Balsini. O elenco se preparou bem para a semana e, nesta sexta-feira, faz a primeira viagem para, sábado, 15h, entrar para a história: jogar a primeira partida como profissional, diante do Blumenau, fora de casa.
“É uma ansiedade muito grande, mas um sentimento de que tudo está sendo feito, até mais do que foi planejado. A direção é muito competente e séria, o grupo também, o clima é muito bom e vamos trabalhar bastante, como já estamos fazendo, para coroar essa torcida apaixonada”, promete Serraninho.
Por Mateus Mastella