Braços cruzados: trabalhadores temem perda de benefícios após mudança de gestão em fundição no Caravaggio

Aproximadamente 100 trabalhadores das duas unidades da Fundição Erus, localizadas no distrito de Caravaggio em Nova Veneza, cruzaram os braços e paralisaram a produção nesta sexta-feira, 19. A ação foi motivada após uma decisão do juízo da 3ª Vara Cível da Comarca de Criciúma ordenando a mudança de gestão da empresa em um processo entre os sócios.

Braços cruzados: trabalhadores temem perda de benefícios após mudança de gestão em fundição no Caravaggio

Os colaboradores, ao optarem pela paralisação, deixaram claro que não têm interesse na disputa entre os sócios da empresa, mas estão preocupados com a possibilidade de perderem benefícios e condições de trabalho. Entre as principais preocupações estão a disponibilidade correta de equipamentos de proteção individual (EPIs), cestas básicas, sucateamento de equipamentos e a atualização justa das remunerações. Além disso, alegam que já existe uma lista de pessoas que podem ser demitidas, gerando apreensão entre os trabalhadores.

Braços cruzados: trabalhadores temem perda de benefícios após mudança de gestão em fundição no Caravaggio

Diante do cenário, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Criciúma e Região (SinMetal), João Batista da Silva, juntamente com os advogados Murillo Finilli Neto e Guilherme Moraes, da assessoria jurídica do sindicato, se reuniram com os trabalhadores em frente a uma das unidades da empresa. Eles afirmaram que irão analisar a decisão judicial por completo e, no fim da tarde, irão orientar o melhor caminho a ser seguido pelos trabalhadores.

Em contato com o Portal Veneza, a atual administradora da Erus, Cleir Albertina Spilere, confirmou a mudança da gestão em razão de uma decisão judicial e reforçou que a intenção da nova administração é dar continuidade às atividades dentro da normalidade. No entanto, os trabalhadores mantêm a paralisação por tempo indeterminado em frente à empresa.

Atualização em 25/05/23 às 19h40

Inicialmente foi divulgado que a decisão foi tomada pela Justiça Federal, porém, a decisão foi da 3ª Vara Cível da Comarca de Criciúma.