Avaliações, opiniões, contestações e abraços

Agora nossa realidade neoveneziana já mostra um clima bem mais tranquilo em relação aos últimos embates políticos e fazendo um balanço de tudo o que recebi de sugestões, opiniões, contestações, pedidos de pauta e muitos alôs e abraços posso afirmar que o saldo é por demais positivo. Vejamos: aconteceram várias opiniões de apoio às minhas colocações e várias críticas também, mas o “bem legal” é que vieram dos dois lados em disputa e isso só nos incentiva.

Também recebi alguns questionamentos sobre porque não me referi a “fulano” ou a “cicrano”, mas na maioria das vezes quando não me refiro é porque “é melhor não” …   Recebi também algumas colocações interessantes como: “A tua coluna é toda torta, tens que leva-la na quiroprata ou “Tu pareces um Marcelo Pacheco paraguaio (atualmente acho que “chinês” é mais adequado).

 Porém, sem dúvida, a melhor parte de fazer este espaço no Portal é a possibilidade de reconectar e interagir com tantas pessoas queridas que reestabelecem laços de amizade e estima estando próximos ou muito distantes. Muito obrigado e um abraaaaaaaaço gigantesco à todos.

Hospital São Marcos

Durante o período atrelado a movimentação política ouvi e li muuuuitas manifestações sobre o Hospital São Marcos. Posso afirmar mesmo que ele foi o” queridinho” das eleições. Ouvi e li declarações que iriam tornar o São Marcos referência regional em saúde, trazer especialistas das mais diversas áreas, teríamos cirurgias sofisticadas, exames de imagem e até ressonância magnética foram citados.

Infelizmente é uma área que, sem dúvida, falar é fácil, difícil é fazer e ninguém mais do que eu como cidadão e munícipe gostaria de que tornasse realidade, pois bem, estou em Nova Veneza á aproximadamente quarenta anos e destes por trinta e mais alguns deles atuei profissionalmente na área de Análises Clínicas dentro do hospital. 

Acompanhei par e passo sua vida diária principalmente enquanto era “tocado” pelas Irmas Beneditinas. Quando cheguei era Diretora a Irma Plácida, seguida de várias outras, entre elas :  Ir. Madalena, Ir. Rute, Ir. Vilma, Ir. Zélia, Ir. Claudete e cansei de ver, exemplos de dedicação e entrega por parte das Irmas para conseguirem viabilizar o nosso nosocômio (lindo nome para hospital).

Lembro, por exemplo de muitas e muitas vezes ter encontrado a Ir. Inácia acordada pelas madrugadas cuidando das suas gestantes e dos seus nenéns. Atuavam lá os médicos Dr. Claudinor Berti e Dr. José Accordi.  Tenho claramente a consciência que a realidade atual não se compara a daquela época. Hoje as exigências em termos de infra-estrutura e pessoal relacionadas por exemplo a Vigilãncia Sanitária e aos Conselhos Regionais de Medicina, enfermagem e Farmácia são infinitamente mais onerosas e complexas, absurdas e inviabilizantes até.

Além disso a remuneração dos procedimentos hospitalares é feita pelo Governo Federal e, pasmem, não é reajustada a décadas outro fator preocupante é a chegada ao setor da Saúde em nosso país das Organizações Sociais.

Pois bem, muitas vezes as Organizações Sociais chegam carregadas de promessas milagrosas e saem carregadas de dívidas e encrencas… (aqui já passamos por ISEV, Corpore, e estamos no IMAS) Na verdade estas instituições de organizações sociais só tem o nome e são empresas que visam lucros, isso sim. 

Este cenário não exclusividade de Nova Veneza e sim é demonstrado em todo o território nacional. Como membro do Conselho Municipal de Saúde também posso ainda acompanhar todo este processo. Pois bem… e vocês me perguntam, e daí? Bem, primeiramente é necessário e indispensável deixar claro que a responsabilidade pelos hospitais vinculados ao SUS (alta e média complexidade) é do Estado e o mais que o município pode fazer é ser parceiro em poucas ações que ajudem a viabilizar o funcionamento do estabelecimento.

Sendo assim, fiscalização, repasses de verba pública, cobranças e regulação de internações e cirurgias hospitalares, volto a frisar, é atribuição legal do Estado. Cabe ao munícipio a responsabilidade sobre a atenção básica (unidades de saúde, por exemplo) e nível intermediário de Atenção (Pronto Socorro e UPAS).

Segundamente, já afirmei que vivi grande parte da minha vida dentro do Hospital São Marcos, meus filhos lá nasceram, meu pai lá faleceu e tenho inúmeras ligações afetivas e emocionais com aquele lugar além de achar que está estabelecido em um local muito privilegiado tanto por sua arquitetura como pela paisagem. Mas, porém, contudo, todavia, não obstante… com dor no coração e sendo sabedor de antemão que surgirão inúmeras manifestações extremamente contrárias (que respeito) me sinto forçado a manifestar minha opinião. 

Infelizmente já está na hora de pensarmos em transformar o Hospital São Marcos em uma UPA São Marcos. Mas, peeensa numa UPA, que contemple, por exemplo, RX 24 horas, Eletrocardiograma- 24 horas, ultrassom, leitos para observação 24– 48 horas, etc. (não teríamos, neste caso, maternidade, centro cirúrgico e internações prolongadas)

Aí poderíamos pensar em termos até dois médicos atendendo nos horários de maior procura e outras melhorias. Teríamos também uma ambulância no local que seria utilizada em casos graves tipo infartos cardíacos, AVCs, acidentados, etc… que não disporiam dos recursos para serem ali atendidos e a proximidade com os grandes hospitais de Criciúma seria de grande valia (proximidade esta que é um outro fator a contribuir com a não viabilidade econômica do São Marcos).

Além disto a UPA tem a vantagem de ser supervisionada diretamente pela Secretaria Municipal de Saúde o que resultaria sem dúvida em eficiência e melhor atendimento. Sei que uma decisão deste porte não é fácil e só não foi tomada pelas últimas gestões municipais porque carrega consigo uma imensa possibilidade de desgaste político e seria utilizada pela oposição seja ela quem for e a quem for como instrumento eleitoral. Quem sabe um amplo debate que reúna várias instituições representativas da cidade, órgãos públicos, Clubes de Serviço, Associações de Moradores, Conselho Municipal de Saúde, Câmara de Vereadores, Secretaria de Saúde e a população em geral seja o início de um caminho novo para o nosso querido e amado São Marcos.

Que os anjos digam amém e que o Leão não pare de urrar!

Bobicinha terminante: 

“O humilde entende que errou, pede desculpas e corrige o erro cometido!  “

“O hipócrita comete erros, nega o erro cometido e tenta escondê-lo! “

“A pessoa arrogante nunca vai admitir que estava errada e acusará os outros!”

Obs.:  Catada na Internet …

Infelizmente estas definições, às vezes, quando menos esperamos nos atropelam em nossa vida diária. O lado bom é que felizmente a grande maioria das pessoas se encaixa na definição de humilde e apenas uns poucos… bem poucos, se encaixam nas outras duas.

Abraaaaaaaaaaaaço!