Na última terça-feira, 11, um grupo de auxiliares de sala de Nova Veneza compareceram à Câmara Municipal em busca de garantir seus direitos em meio ao novo edital de contratação lançado pela prefeitura. Essas profissionais alegam que, durante a contratação, foi afirmado que elas atuariam como auxiliares até o final do ano, exceto em casos em que os serviços prestados não fossem condizentes. Porém com o lançamento do edital, devem ser desligadas agora na metade do ano.
Além disso, as auxiliares destacaram uma questão delicada: a situação das crianças autistas que frequentam os Centros de Educação. “Nossas crianças necessitam de constância nos laços com os profissionais, o que é fundamental para o desenvolvimento e bem-estar. O novo edital de contratação coloca em risco a estabilidade dessas relações tão importantes para o progresso das crianças autistas”, comentou uma das mães, Neiara Vichinheski, que esteve presente na Câmara junto com Aline Trento, outra mãe de aluno autista.
No encontro realizado na Câmara Municipal, diversos auxiliares de sala estiveram presentes, juntamente com pais e crianças que também se opõem às medidas da prefeitura. Esses pais expressam preocupação com a possibilidade de uma rotatividade excessiva de profissionais nas salas de aula, o que pode prejudicar o ambiente educacional e a qualidade do suporte oferecido aos alunos.
Diante desse cenário, tanto as auxiliares de sala quanto os pais presentes manifestaram sua disposição em lutar pela impugnação do novo edital de contratação. Eles pretendem se mobilizar para garantir que a prefeitura reconsidere suas medidas. A situação reflete um debate amplo sobre as formas de contratação no setor público e a necessidade de assegurar direitos trabalhistas e uma educação de qualidade para todos.
A presidente da Câmara de Vereadores, Bete Bortolotto, assumiu uma posição firme em defesa dos direitos dos profissionais e da qualidade da educação no município. Bete solicitou esclarecimentos através de um requerimento sobre a base legal utilizada para a alteração da habilitação profissional mínima requerida no edital, e também questionou a justificativa por trás dessa mudança, buscando entender os fundamentos e a legalidade desta decisão.
Além disso, a presidente expressou sua opinião sobre a medida, classificando-a como desumana diante das consequências que pode acarretar. “ Precisamos preservar a estabilidade e a qualidade do suporte educacional oferecido às crianças de Nova Veneza, e também a estabilidade emocional de algumas crianças que pode ser comprometida com essa mudança na metade do ano letivo. Como professora e profissional que há muitos anos atua na área, acredito que isso pode comprometer aspectos fundamentais da educação”, afirmou.