As redes sociais podem aumentar minha ansiedade?

Com a chegada da Internet houve uma mudança radical na forma de como as pessoas – e também os grupos de indivíduos – interagem uns com os outros e também com o mundo. Maior velocidade, maior conexão, mais agilidade, mais conforto, entretenimento, dentre tantos outros aspectos, as redes sociais chegaram com tudo e hoje grande parte da população anda por aí com um aparelhinho nas mãos constantemente interagindo com outras pessoas de forma virtual.

O acesso a velocidade das informações, rapidez, nos incita a sermos mais produtivos, solícitos e ágeis em nosso cotidiano, o que pode a longo prazo nos deixar mais acelerados. Além disso, o excesso de informações é um grande aliado, sendo que precisamos fazer várias coisas ao mesmo tempo.

Dados trazem que “Para 41% dos jovens brasileiros, as redes sociais causam sintomas como tristeza, ansiedade ou depressão. Os números são da edição de 2019 do Indicador de Confiança Digital (ICD), levantamento contínuo conduzido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) que avalia as perspectivas dos brasileiros em relação à tecnologia. O estudo apontou também que os jovens são os que menos confiam no digital.” A pesquisa traz ainda que”Os jovens estão cada vez mais nervosos com a possibilidade de perder alguma coisa que está acontecendo no mundo ou no seu ciclo mais próximo de amizades.”

Uma outra pesquisa traz que os brasileiros desbloqueiam o celular, em média, 78 vezes ao dia. Entre pessoas com idades de 18 a 24 anos, esse número é ainda maior, subindo para uma média de 101 vezes ao dia. Desta forma, o uso descontrolado das mídias sociais pode causar causa mais do que apenas ansiedade. O abuso também pode causar outras dificuldades em saúde mental, inclusive, dependência tecnológica – a nomofobia.

A ansiedade patológica, conhecida pela necessidade de vivenciar o futuro sem vivenciar o hoje, nos faz sentirmos acelerados, com a necessidade de produzir incessantemente, como se um alarme de incêndio tocasse sem parar o dia todo, quase que, sem controle. Diante de muitos estímulos audiovisuais e sensoriais, as redes sociais contribuem no aumento dessa ansiedade quando o paciente já estava em um quadro ansioso.

Além da ansiedade, depressão, transtornos alimentares e suicídio parecem estar ligados à vida online, notadamente ao uso de redes sociais. A busca por uma alimentação mais saudável, dicas sobre como esculpir o corpo e o desejo de ostentar uma vida perfeita são a razão pela qual usuários permanecem cada vez mais conectados e, ao mesmo tempo, o motivo pelo qual questões de saúde mental afloram.

Porém, precisamos compreender que a culpa não é das redes sociais, mas sim, a maneira na qual as utilizamos. Obviamente a tecnologia surgiu para auxiliar o homem e facilitar sua vida, mas… como tudo o que é em excesso faz mal à saúde, as redes sociais não fogem disso. Seguem algumas dicas para utilizar as redes sociais de forma saudável, sem prejuízos na sua saúde de forma geral:

  • Entenda que há uma vida além das telas: viva mais real e menos virtual;
  • Estipule horários para acompanhar suas redes sociais, e crie uma rotina para tal;
  • Selecione e filtre o que queres assistir: lives, vídeos, e organize-se para alimentar-se desses conteúdos que te interessam: não precisas saber tudo o tempo todo;
  • Cuidado com a comparação: nem tudo o que é postado pelas pessoas é vivenciado de forma integral. Compare-se consigo mesm@;
  • Deixe de seguir perfis que te influenciam de forma negativa;
  • Aproveite este universo de possibilidades para se informar, se divertir, se conectar com pessoas distantes: mas não esqueça de conectar-se com as pessoas presentes também!
  • Cuide-se!

Espero ter lhe ajudado a compreender um pouco mais sobre isso. Lembre-se que ansiedade patológica possui tratamento com psicólogo e psiquiatra, cuide de você! Grande abraço.

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