A relação do sono com a enxaqueca

A enxaqueca é um tipo de cefaléia, ou seja, uma cefaléia recorrente e cuja intensidade pode legar a ser incapacitante. É uma patologia neurológica e uma das doenças mais comuns do sistema nervoso. Segundo a OMS, a metade dos adultos no mundo sofreu ao menos um episódio de cefaléia no último ano. Esta doença é a sexta causa de deficiência a nível mundial.

A enxaqueca começa com o prodrome, seguido da aura e logo uma dor de cabeça de moderada a muito forte, intensa e latejante, geralmente concentrada em uma área da cabeça, como a frente. Em muitas ocasiões, pode ser acompanhada de outros sintomas, como náuseas, vômitos, sensibilidade à luz ou osmofobia.

Existem diferentes tipos de enxaqueca. Por um lado, aquela que ocorre episodicamente, que é aquela que aparece até nove dias por mês. Se começar a acontecer com mais frequência, se tornará frequente. Quando o paciente tem enxaqueca 15 dias ou mais, é chamada de enxaqueca crônica e se torna uma patologia crônica. Aposte dinheiro no cassino roleta online de forma segura e desde a comodidade da sua casa.

A enxaqueca também pode ocorrer com aura, na qual luzes ou flashes aparecem na visão antes do início da dor de cabeça; ou sem aura. Finalmente, a enxaqueca menstrual surge como resultado da alteração hormonal durante o ciclo menstrual, mas também pode se apresentar nos dias prévios da menstruação e vir com fortes sintomas que sejam resistentes às medicinas.

Segundo a neurologista Sonia Santos, coordenadora do Grupo de Estudos de Cefaleias da Sociedade Espanhola de Neurologia (SEN), no site da Fundação Caser, “a enxaqueca é uma doença muito incapacitante que interfere na esfera pessoal, social, ocupacional e familiar do paciente. Isso ocorre porque, além da dor, existem outros sintomas como diminuição da capacidade de concentração, atenção, dificuldade de pensar, que, em alguns pacientes, pode persistir entre as crises”.

Entre os efeitos da enxaqueca, também ressalta o seu impacto na qualidade do sono. Um estudo recente publicado na revista Neurology descobriu que pessoas com enxaqueca relatam uma pior qualidade subjetiva no sono do que pessoas saudáveis, com menos sono REM (movimento rápido dos olhos) em adultos e crianças com enxaqueca.

Os autores deste estudo revisaram vários estudos anteriores que mediram as pontuações da polissonografia e/ou do Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (Pittsburgh Sleep Quality Index) (PSQI) em pacientes com enxaqueca. Desta forma, observaram que, comparados aos controles das pessoas saudáveis, os adultos com enxaqueca apresentaram escores mais elevados no índice utilizado.

“É provável que a interação entre enxaqueca e o sono é complexa e ainda não é totalmente compreendida”, escrevem os autores. “No entanto, esta meta-análise enfatiza a importância de avaliar e tratar o sono como parte integral do tratamento da enxaqueca”.

Uma das coisas mais importantes para prever e tratar a enxaqueca é que o paciente se conheça e saiba quais são os seus triggers e os seus agravantes, além de visitar um especialista e procurar tomar a sua medicina enquanto ele sentir os primeiros sintomas.