Estamos no auge das comemorações do Centenário da Paróquia São Marcos de Nova Veneza.
Realmente, somos uma Igreja abençoada e nos cabe louvar, agradecer pelas graças obtidas, pelo trabalho e pela dedicação dos verdadeiros homens de Deus que conduziram o rebanho e lideraram a construção dessa história de religiosidade e de fé.
Nesse contexto, fazemos incluir uma homenagem aos cantores que, pela música, celebraram valores e nos elevaram ao Criador. Recordemos os primeiros cantores italianos que, com suas vozes angelicais, perpetuaram suas origens; proporcionaram ricos momentos de gratidão, amor, paixão e alegria; confirmaram sua crença, louvando Maria – a Mãe de Deus, e cantando: Santo, Santo é o Senhor!
A foto recorda o grupo de cantores do Caravaggio, nas décadas iniciais do século XX. Era regente o imigrante Valentino Spillere, mais conhecido por Nelo Spillere. (O Seo Nelo nasceu em 1889 e faleceu em 1968). Além de ter uma das vozes mais belas, nos cantos sacros e populares (folclore italiano), era poeta e compositor.
O nonno Beppe Spillere, no livro biográfico escrito por Archimedes Naspolini Filho, reporta-se a três corais: de São Martinho, do Caravaggio e de São Marcos. “Somos católicos. Íamos à Missa para cantar e rezar. Isto é a nossa alegria”.
Ao destacado grupo do Caravaggio, incorporavam-se vozes de outras localidades, da sede e do interior, para constituir o grande Coral de São Marcos, tão exigido pelo Padre Giacca, nas Missas em latim e nos cânticos gregorianos. Deste coral, foi regente nosso pai, Aquilino Luiz Cirimbelli.
Embora não tivesse estudado música, tocava vários instrumentos. (Nasceu em 1914 e faleceu em 1995). Cultivar a gratidão é um dos gestos mais nobres do ser humano.
Ademar Arcângelo Cirimbelli / Florianópolis
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Evidentemente que 100 Anos de História não se restringem a dois regentes ou maestros. A batuta também esteve nas mãos do Padre Miguel Giacca, do Dr. Cesare Tibaldeschi, de Luiz Ângelo Cirimbelli, Antônio Amboni, Néri Antônio Milanez, Valdenir Zanette e tantos outros. A eles, aos coralistas, aos organistas e outros instrumentistas, nossa gratidão. Costuma-se dizer que “quem canta, reza duas vezes”. Na contabilidade celestial, o crédito de todos eles é considerável!