Papa abre Porta Santa e inicia Jubileu da Misericórdia: Diocese repete gesto neste domingo

“Atravessar hoje a Porta Santa nos compromete a adotar a misericórdia do bom samaritano”: este é o espírito com o qual se deve viver o Jubileu Extraordinário, conforme disse o Papa Francisco na missa celebrada por ocasião da Festa da Imaculada Conceição, hoje (08), na Praça São Pedro.

Com a cidade de Roma blindada e um forte aparato de segurança, com três mil agentes nas ruas da capital, o afluxo de peregrinos começou na madrugada nos arredores da Praça, que foi aberta às 6h30. Os controles policiais, com a passagem pelo detector de metais, tardaram o ingresso dos fiéis. Cerca de 50 mil pessoas participaram da celebração.

Pecado e graça

Na homilia que antecedeu a abertura da Porta Santa, o Pontífice recordou o mesmo gesto realizado em Bangui (República Centro-Africana) e ressaltou a primazia da graça: “A festa da Imaculada Conceição exprime a grandeza do amor divino. Deus não é apenas Aquele que perdoa o pecado, mas, em Maria, chega até a evitar a culpa original, que todo o homem traz consigo ao entrar neste mundo. É o amor de Deus que evita, antecipa e salva”.

Também este Ano Santo Extraordinário é dom de graça, prosseguiu o Santo Padre. “Entrar por aquela Porta significa descobrir a profundidade da misericórdia do Pai que a todos acolhe e vai pessoalmente ao encontro de cada um. É Ele que nos procura, que vem ao nosso encontro. Neste Ano, deveremos crescer na convicção da misericórdia”.

Concílio Vaticano II

Em sua homilia, o Papa fez um paralelo com outra porta “escancarada”, 50 anos atrás, pelos padres conciliares. O Concílio, afirmou, foi primariamente um encontro entre a Igreja e os homens deste tempo. “Trata-se, pois, de um impulso missionário que, depois destas décadas, retomamos com a mesma força e o mesmo entusiasmo. O Jubileu exorta-nos a esta abertura e obriga-nos a não transcurar o espírito que surgiu do Vaticano II, o do Samaritano, como recordou o Beato Paulo VI na conclusão do Concílio. Atravessar hoje a Porta Santa compromete-nos a adotar a misericórdia do bom samaritano.”

Porta Santa

Após a comunhão, teve início o rito de abertura da Porta Santa, na entrada da Basílica de São Pedro. O diácono convidou os fiéis para a inauguração do Jubileu Extraordinário da Misericórdia com estas palavras: “Abre-se diante de nós a Porta Santa. É o próprio Cristo que, através do mistério da Igreja, nos introduz no consolador mistério do amor de Deus”.

Em procissão, os concelebrantes se posicionaram na entrada da Basílica. Também estava presente o Papa Bento XVI. Diante da Porta Santa, o Pontífice fez uma oração e recitou a seguinte fórmula: “Esta é a porta do Senhor. Abri-me as portas da justiça. Por tua grande misericórdia entrarei em tua casa, Senhor”.

O Santo Padre abriu a Porta Santa e se deteve em silêncio em sua entrada. Francisco entrou por primeiro na Basílica de São Pedro, seguido por Bento XVI, pelos concelebrantes e por alguns representantes de religiosos e fiéis leigos – momento em que foi entoado o Hino do Ano Santo da Misericórdia. No Altar da Confissão, o Papa fez uma oração e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

Este é o 29º Jubileu da história da Igreja

O Jubileu da Misericórdia teve início com a abertura da Porta Santa na Catedral de Bangui, na República Centro-Africana, no dia 29 de novembro. Neste dia 8 de dezembro, foi a vez da abertura da Porta Santa da Basílica de São Pedro, algo que não acontecia desde 2000. Esta porta é aberta apenas durante o Ano Santo, permanecendo fechada no restante do tempo, e existem portas santas nas quatro basílicas papais: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora de muros e Santa Maria Maior. O anúncio solene do Ano Santo teve lugar com a leitura e publicação da bula pontifícia (Misericordiae Vultus), junto da porta de São Pedro, no Domingo da Divina Misericórdia (12 de abril).

Tradição

A Igreja Católica iniciou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII, em 1300, e a partir de 1475 determinou-se um jubileu ordinário a cada 25 anos. Até hoje, houve 26 Anos Santos ordinários e dois extraordinários (anos santos da Reden­ção): em 1933 (Pio IX) e 1983 (João Paulo II). O jubileu consiste num perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo.

A abertura das Portas Santas na Diocese de Criciúma

A Diocese de Criciúma celebra, às 09 horas deste domingo, 13, a abertura da Porta Santa no Santuário Diocesano Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Veneza. A cerimônia começa com uma procissão que sairá do campo de futebol próximo ao Santuário. Em caso de chuva, o ponto de partida será o Salão Benfeitores. Todas as portas do Santuário estarão fechadas, até que o Bispo abra a Porta Santa. Após a procissão de entrada, com a ostentação solene do Evangeliário, será feita a memória do Batismo, com o rito de bênção e aspersão com água benta sobre os fiéis. De domingo até o dia 13 de novembro de 2016, a Porta Santa do Santuário de Caravaggio permanecerá aberta, todos os dias, das 06h30min até as 20h30min.

Na Catedral São José, haverá Abertura Oficial do Ano Santo da Misericórdia, às 19 horas, porém a Porta Santa será aberta no dia 24 de dezembro, na missa de Natal marcada para as 20h30min.

Porta Santa: caminho aberto para as indulgências

Para alcançar a indulgência plenária diante de um pecado cometido, o Coordenador Diocesano de Pastoral, padre Joel Sávio, destaca cinco atitudes que devem ser assumidas pelo católico: “A primeira é rezar pelas intenções do Santo Padre; a segunda é receber o sacramento da Confissão; a terceira, comungar da Sagrada Eucaristia; a quarta, realizar uma peregrinação e, a quinta, atravessar a Porta Santa”.

Para complementar tudo isso, é importante realizar as obras de misericórdia corporais (dar de comer aos famintos; dar de beber aos que têm sede; vestir os nus; acolher o estrangeiro; visitar os enfermos; visitar os encarcerados; sepultar os mortos) e espirituais (aconselhar os duvidosos; ensinar os ignorantes; admoestar os pecadores; consolar os aflitos; perdoar as ofensas; suportar com paciência as injustiças; rezar a Deus pelos vivos e pelos mortos).

Medalhões são confeccionados por artista italiano

Com um martelo e um formão, as chapas de metal tomam forma sob o trabalho das mãos habilidosas e do olhar minucioso do artista plástico italiano Franco Sinigaglia, natural de Lendinara (província de Rovigo, região do Vêneto), há 11 anos no Brasil, cinco deles no distrito de Caravaggio. Os medalhões em alto relevo que serão colocados sobre as portas do Santuário e da Catedral trazem a forma do logotipo do Jubileu, com inscrições em latim. O trabalho é acompanhado pelo arquiteto Newton Bortolotto, e teve início no dia 12 de novembro.

Comunicação Diocese Criciúma

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