Acontece nesta quarta-feira, 27, nas Casas de Pedra em Nova Veneza, uma solenidade alusiva ao 1° Tiro de Artilharia do Exército Brasileiro na ll Guerra Mundial. A encenação histórica será realizada pelo 28º Grupo de Artilharia de Campanha e grupo reencenação histórica, Monte Castelo. O momento será baseado no ocorrido em 1944 em Monte Bastione, situado ao norte da cidade italiana de Lucca, onde o exército brasileiro com 25 mil homens combateu pela primeira vez fora do continente sul-americano.
Para o 1° tiro de obus (tipo de canhão) dos militares brasileiros em solo europeu, foi utilizado um obuseiro M101 A1 pertencente ao 2° Grupo de Obuses 105 mm (atual 21° Grupo de Artilharia de Campanha), mesmo modelo que o 28° GAC utiliza atualmente.
Conforme o comandante do 28º GAC, coronel Brito Júnior, foi no dia 16 de setembro de 1944, precisamente às 14h22, que os militares brasileiros dispararam e atingiram o objetivo previsto: Massarosa. Foi o primeiro dos milhares de tiros disparados pela artilharia, que segundo o comandante, seguramente vieram a contribuir com a derrota do nazifascismo. “Um tempo depois do ocorrido, uma mensagem que dizia que uma nova e precisa artilharia estava presente no campo de batalha foi encontrada. Nós fomos o único país da américa latina a enviar uma divisão naquela ocasião, e por isso com muito orgulho vamos fazer esta homenagem a todos que participaram daquele momento”.
O evento é aberto ao público e contará com a participação de veteranos e também de escolas da região. A programação inicia às 13h30. A encenação será realizada exatamente às 14h22, mesmo horário do primeiro tiro.
Casas de Pedra
A escolha do local, as Casas de Pedra, aqui em Nova Veneza, foi pensada para se obter um ambiente semelhante ao do momento histórico que foi tão importante para o Exército Brasileiro. Tombadas como Patrimônio Histórico Nacional do Estado de Santa Catarina, as Casas de Pedra foram construídas por imigrantes italianos no final do século XIX, e restauradas em 2002. No local, três edificações que resistem à força do tempo estão à disposição do público para visitação.
Por Flávia Bortolotto
