Nota de falecimento: Irmã Giulia Siboni, aos 95 anos

Faleceu, aos 95 anos de idade e 70 de profissão religiosa, na manhã deste sábado, 27, na Casa São José em Nova Veneza, a senhora Giulia Maria Siboni.

Seu corpo foi velado no Instituto Sagrada Família e sepultado às 7h da manhã deste domingo, 28, no Cemitério Municipal de Nova Veneza.

Sobre a Irmã Giulia Siboni

Giulia Maria Siboni nasceu em Pavia, na Itália, em 28 de dezembro de 1928. Conheceu as Irmãs Beneditinas da Divina Providência em sua terra natal, no Colégio Gandini, escola elementar e centro de educação infantil frequentada por muitas crianças e jovens universitários. 

Sua mãe permitiu que ela entrasse na Congregação após completar 25 anos. Ela escolheu o aniversário de sua avó para ingressar na Congregação, acompanhada por familiares e amigos, em fevereiro de 1953. Levou consigo um buquê de flores brancas e disse a sua mãe: “Se te casas, eram necessárias as flores.”

Na comuna de Voghera, foi recebida por Cesarina Simonetti, superiora local da Casa Mãe. Sua mestra de noviciado foi Alessandrina Uboldi e a superiora geral foi Madre Giovanna Zonca. Irmã Giulia emitiu sua profissão religiosa em 07 de agosto de 1954 na Capela da Casa Mãe de Voghera. Desde o início de sua vida religiosa, manifestava um forte amor pelo próximo e pela Congregação.

Após a profissão religiosa em 1954, lecionou no centro de educação infantil em Voghera, Pietra dei Giorgi e Milão. Sentindo-se chamada à vida missionária, aceitou o convite e veio para o Brasil. Enquanto aprendia a língua, foi nomeada Ecônoma da Sociedade de Educação e Caridade, cuja sede era em Osasco no estado de  São Paulo, lá permaneceu por 21 anos. Foi a primeira ecônoma provincial da província brasileira.

Em 1988, com a eleição de Ir. Clara Venturini ao Governo Geral, Ir. Giulia foi nomeada ecônoma geral. Em Roma, além do trabalho no economato, alargou seu conhecimento e amizade com os vizinhos, sendo lembrada com afeto até hoje.

Em 2007, após terminar o tempo de ecônoma geral, foi transferida para Voghera, onde permaneceu alguns meses. No mesmo ano, pediu para retornar ao Brasil. Desde então, fez parte da Comunidade do Hospital São Camilo de Imbituba, ocupando-se na secretaria da administração e contabilidade, doando-se com alegria tanto internamente quanto com o povo, sendo admirada e amada por muitas pessoas. Permaneceu até 2015, ano em que sua saúde começou a declinar.

No dia 5 de junho de 2020, após a doação do Hospital para os Camilianos, pediu para continuar na nova comunidade na Casa Madre Giovanna Zonca. Irmã Nelcy Rigoni permaneceu sempre ao seu lado, cuidando-a dia e noite. Em 2023, foi transferida para a Casa São José em Nova Veneza.

Sua presença amiga e atenciosa revelava a riqueza de seu coração e sua capacidade de amar e sorrir. Repetia sempre o refrão: “Santa Maria, Santa Maria.” Gostava de ouvir as notícias da Congregação e da Igreja, afirmando tudo com um belo sorriso e repetindo: “Santa Maria, Santa Maria.”