Desigual.ind: passivo ambiental é motivo de preocupação da Fundave

27/07/2019 21:01
Willians Biehl

Fundação vistoriou as instalações da lavanderia durante essa semana.  

O presidente da Fundação do Meio Ambiente de Nova Veneza (Fundave), Juliano Dal Molin, esteve na última quarta-feira, 24, vistoriando as instalações da Desigual.ind, lavanderia industrial localizada ao lado do bairro Baixada em Nova Veneza, que teve suas atividades encerradas no dia 19 de julho.

A vistoria foi em resposta a uma denúncia que informou uma possível prática de crime ambiental na unidade. Durante a fiscalização nenhum crime foi identificado, mas foi encontrada armazenada uma grande quantidade de efluente e resíduo sólido contaminados, que poderão em um futuro próximo gerar um problema ambiental. “Esses resíduos devem ser tratados e destinados corretamente, logo a empresa deverá ser responsabilizada pelo tratamento final de todo o efluente que está lá parado,” afirmou Juliano.

O presidente revelou ainda que a Fundação irá procurar o Instituto do Meio Ambiente (IMA), e informar sobre a situação do local, para que as providências cabíveis sejam tomadas.

A resposta da empresa

A reportagem procurou o advogado da Desigual.ind, Marco Dias, ele informou que o tratamento dos resíduos é uma das preocupações do proprietário e, assim que for autorizado seu acesso à lavanderia a situação terá prioridade.

O Portal Veneza também questionou um técnico da área, que apontou que o volume de efluente armazenado na empresa, aproximadamente 80 mil litros, leve cerca de duas a três semanas para ser corretamente processado e destinado.

Acusação de invasão

Em mais um capítulo sobre a briga entre os funcionários que pressionam a empresa por seus direitos trabalhistas, na quinta-feira, 25, o proprietário da Desigual.ind, Michel Alexandre Coelho, juntamente com uma funcionária, registraram um boletim e ocorrência na Polícia Civil.

No documento a colaboradora relata que o advogado, Assis Frello, um dos profissionais que representa os antigos funcionários da empresa, teria sido flagrado manuseando documentos no setor administrativo da lavanderia, onde segundo ela, estariam documentos com informações confidenciais de funcionários.

A reportagem procurou o advogado Assis Frello, ele confirmou que esteve na empresa e que possuía autorização. “Eu estive sim na empresa, devidamente autorizado e estou sabendo agora por vocês dessa ocorrência. Quando for necessário vou me manifestar durante o processo de investigação,” afirmou Frello.