
Com a mesa de negociação fechada pelos banqueiros, os cerca de 400 mil bancários de todo o país param as atividades a partir de quinta-feira (19) por tempo indeterminado. Na Assembleia do dia 12 eles rejeitaram a única proposta apresentada pela Fenaban de reajuste de 6,1% (reposição da inflação) sobre os salários, os pisos, a PLR e demais verbas. Para não prejudicar os serviços a clientes e usuários, o Sindicato dos Bancários de Criciúma e região orienta àqueles que não são clientes bancários para a retirada de cartões, desconto de cheques, pagamento dos títulos e demais operações bancárias que necessitem de atendimento interno nas agências para anteciparem as operações até quarta-feira. No período de paralisação, apenas os clientes poderão fazer as transações como pagamento de títulos, depósitos e saques nos caixas eletrônicos que estarão funcionando normalmente. Inclusive, segundo Julio Zavadil, Diretor do Sindicato, os cheques emitidos serão compensados normalmente.
“Para o saque de vencimentos salariais dos aposentados e pensionistas o atendimento será mantido. Não queremos prejudicar a população, sim, lutar pela valorização do nosso trabalho, lembrando que lutamos também por mais contratações de trabalhadores em alguns bancos possibilitando agilidade no atendimento aos usuários e menos tempo nas longas filas,” avalia. Na região a greve deve atingir nove municípios de base: Criciúma,Içara, Forquilhinha, Nova Veneza, Urussanga, Morro da Fumaça, Treviso, Siderópolis e Cocal do Sul, abrangendo 50 agências e cerca de mil trabalhadores. Na Campanha Nacional dos Bancários desse ano: #vempralutabancárioebancária os trabalhadores reivindicam: Reajuste salarial de 11,93%, – 5% de aumento real mais INPC de 6,6%; PLR de três salários; piso de R$ 2.860,21; Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários; mais contratações entre outros.
Impedir a votação do PL 4330 da terceirização do trabalho é prioridade da categoria – Uma das prioridades da Campanha Nacional desse ano é impedir que entre em votação na Câmara dos Deputados o PL 4330 de Sandro Mabel (PMDB-GO) que legaliza as terceirizações e pode colocar fim na categoria bancária. Mobilização reunirá trabalhadores de todo o país amanhã (18). Conforme do texto, o Projeto de Lei traz inúmeros prejuízos à classe trabalhadora não apenas dos bancários como: Autoriza a terceirização nas empresas, possibilitando a substituição dos atuais 45 milhões de trabalhadores contratados diretamente por prestadores de serviços;
Os salários, benefícios e demais direitos, mesmo que o trabalho seja prestado de maneira idêntica e no mesmo ambiente de trabalho da empresa contratante, serão diferenciados, de acordo com a natureza da atividade desempenhada;
De acordo com um estudo de 2011 da CUT e do Dieese, o trabalhador terceirizado fica 2,6 anos a menos no emprego, tem uma jornada de três horas a mais semanalmente e ganha 27% a menos.(Fonte:Contraf-CUT)