Atuação de médica pediatra de Nova Veneza é criticada

20/10/2017 15:09

Vereador utilizou a tribuna da Câmara de Vereadores para denunciar que a profissional não cumpriria a quantidade determinada de horas pela qual foi contratada.

Desde a última semana, se debate muito em Nova Veneza o assunto levantado pelo vereador Edaltro Bortolotto na tribuna do Legislativo, de que a médica pediatra concursada, que atende nas unidades de saúde do município, não estaria cumprindo todas as horas de serviço que constam em seu contrato.

“Essa médica está prestando um desserviço ao município. Sempre disse que se a pessoa não está contente com o emprego e salário, simplesmente deve pedir pra ir embora. Só há uma pediatra na rede, se não quer atender, que peça suas contas, porque têm muitos outros médicos no caminho para pegar a vaga. Tem que cumprir pelo menos as horas que ganham, e o salário não é pouco”, declarou o vereador na oportunidade.

A Secretaria de Saúde de Nova Veneza tem conhecimento da situação e reforçou que, inclusive, já solicitou que a profissional cumpra a carga horária de 20 horas semanais, que é o que consta em contrato.

“Temos conhecimento, mas ela é concursada e anos atrás alguém permitiu que o trabalho fosse desempenhado dessa forma. As pessoas ligam, fazem reclamações, mas até agora ninguém registrou por escrito essa denúncia. Para termos um amparo legal, em uma futura possibilidade de montarmos um processo administrativo para solicitar a demissão, precisaríamos desse documento por escrito”, esclareceu a diretora de departamento da Secretaria de Saúde de Nova Veneza, Maristela Vitali.

Médica alega acordos anteriores

Já a médica pediatra em questão, Leila Mara Lúcia, afirmou que possuía um acordo prévio até então para trabalhar dessa forma.

Ela relata que, apesar de não atuar as 20 horas semanais solicitadas, atende 42 crianças em três unidades de saúde por manhã nos dias em que está em Nova Veneza. “Sou concursada e atuo na cidade desde 1999, e não tenho condições de trabalhar mais tempo do que trabalho atualmente, por conta do meu consultório e demais afazeres. Acredito que nenhum outro médico aceitaria trabalhar essa quantidade pelo salário baixo que recebo. Se quiserem que eu fique todo esse tempo, não poderei permanecer atuando no município”, completou.

Francine Ferreira