Gabriel Da Conceição: Sem medo de se expor, ela me enviou um poema de sua autoria

Gabriel-Da-ConceiçãoEscritores da nossa terra

A IX Festa da Gastronomia foi um grande espetáculo. Além de todas as atrações que encantaram os turistas, tivemos mais uma reunião da nossa Associação Neoveneziana de Escritores (ANE), onde foi eleita a nova diretoria para o biênio 2013/2015.

Presidente

Marlene Cecília Bressan

Vice-Presidente

Susan Bortoluzzi Brogni

Primeira Secretária

Graciela Maccarini

Segundo Secretário

Gabriel da Conceição

Primeiro Tesoureiro

Donato Lucietti

Segundo Tesoureiro

Altanir Jaime Gava

Conselho Fiscal

Josieli Damiani Gava, Sabrina Frigo, Marciano Baldessar, Maria Margarete Olímpio Ugioni, Mário Ostetto, Newton Vicente Reck Bortolotto, Lenoir Ostetto.

Parabéns a todos e que possamos fazer bons frutos!!!

Contamos com novos membros na ANE, Adriana Moura de Morais, Ane Carolina de Souza Ostetto, Alexandra Boaroli, Heloísa Nascimento Lucietti, Lenoir Ostetto… Sejam bem-vindos!!!

Nas próximas colunas, sempre que possível, estarei divulgando os trabalhos dos membros da ANE; a começar por duas mulheres que admiro muito!

Adriana Moura de Morais
Adriana Moura de Morais

Gaúcha, de Cachoeira do Sul, com 49 anos, é só alegria. Mora em Santa Catarina desde 1981, e em Nova Veneza desde 1985, é professora a 30 anos. “Bem estes são dados gerais de quem sou; digo sempre que vim para cá no século passado e na verdade vim mesmo… Falar sobre mim não é fácil, pois sou mulher de fases, talvez o que me defina é a parte de um poema de Martha Medeiros, ‘Sou uma mulher madura, que às vezes brinca de balanço…

Sou uma criança insegura, que as vezes anda de salto alto’. Quando fui indagada quando e por que escrevo, na verdade lembro que ao ganhar de presente o livro MÚSICA AO LONGE de Erico Veríssimo pensei (quero fazer isto)… e ai começou o meu maior vicio a LEITURA…. leio até as bulas de remédios… e com a

leitura veio o ato de escrever… Escrever é um ato solitário, mas que viaja por mundos diversos, nos desvenda, mostra nossas fragilidades, afinal nos expõe. Portanto escrever me torna mais experiente, mais serena, mais humana, criança sempre num corpo de mulher… Escrever é isto, simplesmente vida!” contou Adriana.

Sem medo de se expor, ela me enviou um poema de sua autoria, lá vai:

Foi assim…

Um dia menina moleca,

Perseguia borboletas e sonhos…

Vivia mundos surreais.

Sonhava com o universo.

Almejava o infinito.

Ao me tornar mulher,

Roubaram de mim os sonhos,

Mataram meu jardim de borboletas.

Recordava as verdades…. sorrisos roubados… olhares a meia luz…. poesias secretas.

A palavra se revoltava em mim.

Intensa… mudei meu mundo de palavras…

Hoje mulher madura e moleca,

Reencontro meus sonhos…

Replanto meu jardim onde voarão as borboletas…

Esquecer todas as dores…

Retomar universos… verdades… sorrisos… olhares…

Percebi que fundamental é ser feliz…

Pois nada sou sem sonhos… palavras… vida avassaladora…

Alexandra Boaroli (Xanda)
Alexandra Boaroli (Xanda)

Alexandra Boaroli, mais conhecida como Xanda, enviou-me um de seus textos em que ela revela porque escreve.

Por que eu escrevo?

Eu escrevo primeiramente para mim; escrever é uma forma muito eficiente de colocar para fora o que está oculto do lado de dentro. Escrevo porque gosto, porque me traz paz.

As vezes, o que escrevo é pensado, inspirado em alguém, ou em algum fato que ocorreu comigo ou com uma pessoa próxima; outras vezes, simplesmente as palavras me vem e me ponho à escrevê-las como se não me pertencessem.

Escrever é uma ótima forma de me conhecer melhor, de mostrar aquilo que a alma reflete e o coração sente. A inspiração pode chegar à qualquer hora, vinda de qualquer lugar; ela pode estar no sorriso de uma criança, na simplicidade de uma flor, dentro de um abraço amigo, em uma cena do cotidiano, na cumplicidade de um olhar, no amor que sentimos por alguém; ou também, na raiva, nas angústias que nos tiram a serenidade, nos medos que sentimos, nas dores que nos dilaceram, mas claro, a inspiração vem das alegrias também.

Todo texto reflete um pouco a personalidade e o estado de espírito de quem o escreve; é preciso ter coragem para expor isto aos outros.

Escrever nem sempre é algo que acontece de uma hora para outra, é um dom que você vai aprimorando com o tempo, é preciso também um pouco de treino, é preciso gostar de ler, e ler muito, de observar o que acontece à sua volta, e sobretudo, e o mais importante, é preciso primeiro sentir!

Veredicto

Meu veredicto, mas quem sou para criticar… EU AMEI!!! Íntimos, o poema da Adriana e o texto da Xanda conseguem nos mostrar o que um escritor quer quando escreve; mostrar sua alma.

Meus sinceros parabéns as duas!!! Agora mulheres de Deus, metam a cara, juntem tudo e façam um livro!!!

Meu conselho, não apenas para Adriana e para a Xanda, mas para todos que escondem seus escritos:

Escrever é expor nossa alma para os leitores, famintos estes iram nos julgar, e sem medo teremos que dar a cara para bater. Esconder, apenas mostra o quão medrosos somos.

Beijos e abraços!!! =)

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