Ricardo Ghisleri vive há três anos na Itália e mora na província de Verona.
Nesta semana, terremotos de diferentes magnitudes foram sentidos em países da Europa. Depois de tremores de menor intensidade na segunda-feira, 28, na área central da Croácia, um segundo abalo sísmico, muito mais forte, de magnitude 6,4, foi registrado na última terça-feira, 29, logo após o meio dia na cidade de Petrinja, próxima à capital croata, Zagreb.
O tremor, o mais forte em 140 anos no país, deixou ao menos 7 mortos e 26 feridos. O terremoto foi também sentido em diversas federações vizinhas, como Bósnia, Albânia e Grécia.
Poucas horas depois, ainda na tarde da terça-feira, 29, novos tremores foram registrados, mas desta vez na Itália, na província de Verona, cidade de Salizzole. O abalo sísmico em solo italiano, de magnitude 4,4, foi confirmado pelo Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia. Felizmente, não foram registrados mortos ou feridos no país.
“Eu estava em minha casa, a 45 quilômetros de Salizzole. Eram 16h15 quando percebi o tremor. Vi o armário tremer e um barulho forte nas paredes. Durou alguns segundos, fiquei sem saber o que estava acontecendo, pois pra mim era novidade. Abri a porta pra ver se tinha algo de estranho e meus vizinhos já estavam do lado de fora de suas casas, um contou que estava dormindo e acordou com o barulho dos móveis”, conta o neoveneziano Ricardo Ghisleri, que há três anos mora na Itália.
Os abalos sísmicos geralmente ocorrem quando as rochas estão sob grande pressão, vinda do interior do planeta. Essa pressão exerce uma força nas placas tectônicas e procura alguma maneira de se exaurir.
A maioria dos terremotos ocorrem nas zonas de contato entre as placas, entretanto, também pode haver falhas no interior das placas, o que permite a ocorrência de abalos em áreas no interior, e não só nas bordas tectônicas. Quando um bloco rochoso se choca com outro, há o tremor, seja no oceano, seja em terra firme.
O ponto onde começa esse tremor é chamado de epicentro, isto é, trata-se do ponto geológico na superfície diretamente sobre o foco, ou seja, se um epicentro está localizado a 50 quilômetros de uma região, significa que o foco do tremor está a uma distância de 50 quilômetros e a uma profundidade que pode variar entre 2 e 20 quilômetros, dependendo da intensidade do tremor.
Essa profundidade de até 20 quilômetros ocorre em áreas continentais, pois abaixo disso há uma temperatura muito alta, o que dificulta o choque rochoso. Já as placas tectônicas oceânicas têm uma composição mais resistente, podendo ter epicentros de até 690 quilômetros.
Por Francine Ferreira com edição de Willians Biehl
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