Sob protestos, projeto de lei para eleição de diretores nas escolas é rejeitado na Câmara

07/12/2016 18:23

Logo após a rejeição do projeto de lei, sindicalistas e funcionários públicos municipais protestaram no plenário da Câmara.

O projeto de lei PL 29/2016 que implementaria a gestão democrática nas escolas municipais de Nova Veneza, foi rejeitado pelos vereadores de oposição por cinco votos a quatro, durante votação na sessão ordinária da última terça-feira, 6.

Como houve empate, o voto de minerva foi do presidente da Casa, Biro-Biro Minatto (PSD), que acabou votando pela rejeição do projeto.

“Este projeto deveria ter sido enviado pelo executivo a no mínimo seis meses atrás, esperaram perder a eleição para depois enviar para Câmara, por isso, votei pela rejeição. Mas no próximo ano, o projeto pode voltar, que poderemos analisar e rever o voto,” justificou Biro-Biro.

A oposição acusa o prefeito Evandro Gava (PP), de ter colocado o projeto para votação somente depois de ter perdido as eleições, e a aprovação da lei, irá retirar das mãos do próximo governo, os cargos que poderiam indicar para a direção das escolas.

Membros do sindicato contestam a alegação, afirmando que o plano municipal de educação aprovado por unanimidade pelos próprios vereadores em junho de 2015, já previa a implantação da gestão democrática nas escolas e, que os vereadores que votaram contra a proposta querem na realidade barganhar cargos.

A presidente do Siserp (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais), Jucélia Vargas, afirmou que os vereadores que votaram contra o projeto estão na contramão da educação do município. “O que os vereadores fizeram foi completamente ilegal, o plano nacional e municipal são bem claros. Iremos agora para via judicial e denunciar tudo isso,” afirmou Jucélia.

Além da ação, os sindicalistas também prometeram colocar na cidade um outdoor, com os cinco vereadores que votaram contra o projeto: Biro-Biro Minatto (PSD), Vanderlei Spilere (PMDB), Valmor Ugioni (PSDB), Edaltro Bortolotto (PSDB) e Aroldo Frigo Júnior (PSDB).

Willians Biehl