Boa notícia para os agricultores catarinenses: o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deve viabilizar a retomada do projeto de recolhimento de animais mortos nas propriedades rurais. Este foi um dos encaminhamentos da reunião entre a vice-governadora Daniela Heinehr, e o secretário de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo de Gouvêa, com o ministro da Agricultura em exercício, Marcos Montes e o secretário adjunto e Defesa Agropecuária, Fernando Mendes, nesta quarta-feira (10) em Brasília.
Maior produtor nacional de suínos, segundo maior produtor de aves e quarto maior produtor de leite do Brasil, Santa Catarina enfrenta dificuldades para dar continuidade ao projeto de recolhimento de animais mortos e não abatidos nas propriedades rurais, executado desde 2015 no estado.
O secretário da Agricultura Ricardo de Gouvêa explica que, hoje, existe uma autorização do Mapa para que Santa Catarina execute o projeto piloto até dezembro de 2019, a intenção do Estado é que haja uma normativa federal permitindo a continuidade do recolhimento de animais mortos nas propriedades rurais em todo país, possibilitando inclusive a exportação dos produtos oriundos do processamento das carcaças, o que daria viabilidade econômica para a manutenção dos trabalhos.
Este parece ser um assunto superado. O secretário Ricardo de Gouvêa saiu otimista da audiência Brasília, pois o Ministério da Agricultura pretende publicar normativas dando condições para que as empresas exportem a farinha derivada do processamento de carcaças, com algumas restrições internas quanto ao destino do produto.
“Durante a reunião, a equipe do Ministério da Agricultura nos informou que acontecerá uma consulta pública sobre o assunto. Porém como este é um trabalho que já foi muito discutido, o Governo Federal tentará atender o mais rápido possível, criando uma normativa e resolvendo o problema de Santa Catarina”, explica o secretário Ricardo.
Outra novidade é a concordância do Ministério da Agricultura quanto ao recolhimento também de bovinos, além de suínos e aves. O recolhimento das carcaças nas propriedades rurais é uma ferramenta importante não só para a manutenção do patrimônio sanitário estadual e nacional, mas também reduz significativamente os impactos ao meio ambiente. Lembrando que a maioria desses animais morre por causas naturais.
As melhorias na aduana de Dionísio Cerqueira para implementação da Rota do Milho também estiveram na pauta da reunião em Brasília. A vice-governadora Daniela Reinehr e o secretário da Agricultura Ricardo de Gouvêa apresentaram os principais gargalos para que as operações se concretizem: a inspeção fitossanitária na entrada do grão no Brasil e o controle da aduana.
Com a implantação da Rota do Milho, o agronegócio de Santa Catarina poderá ser abastecido com o milho produzido no Paraguai, com os caminhões passando pela Argentina e chegando ao estado pela aduana de Dionísio Cerqueira.
“Tivemos uma reunião bem produtiva e com bons resultados. A presença da vice-governadora, que tem sido uma grande parceira do agronegócio catarinense, também foi muito importante. Esta não é a primeira vez que trazemos as demandas do setor para o Ministério da Agricultura, para tratarmos diretamente com quem pode nos ajudar a manter a força da agropecuária catarinense”, ressalta o secretário da Agricultura, Ricardo de Gouvêa.
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