Consultor empresarial destaca os principais pontos em torno do assunto.
Esse é um dos problemas mais recorrentes entre muitas empresas: estoque abarrotado ou o problema da falta de produtos. A gestão de estoque quando bem realizada é fundamental para prevenir prejuízos no negócio e aumentar os lucros.
Segundo artigo publicado pelo portal Fecomercio SP é orientado que pequenas ou novas empresas no mercado gerenciem os estoques com base na observação da média de vendas, e aqui entra uma questão fundamental que é o controle do fluxo de caixa, assim é possível para o negócio fazer uma estimativa do estoque ideal, para que não falte e nem sobre produtos.
O consultor empresarial, Marcelo Viana, da T4 Consultoria, esclarece as principais questões em torno desse tema.
A gestão de estoque em si é um problema, principalmente para pequenas empresas ou porque ocorrem falhas na checagem de produtos no estoque, ou porque não têm a noção do valor e validade dos produtos. Esse desconhecimento pode gerar uma série de complicações para a empresa.
Em caso de mercadorias vencidas (perecíveis), por exemplo, acontece o descarte, e estoque parado é o mesmo que dinheiro parado, portanto, ao descartar produtos o gestor está jogando literalmente dinheiro fora. Mas há também os casos de produtos perto do período de vencimento, nessa situação, serão aplicados grandes descontos para esvaziar o estoque, e com isso, o negócio também perde.
O estoque parado gera uma série de outros problemas como: deterioração, roubo, perda, obsolescência, entre outros. É essencial saber quando reabastecer alguns itens; quando deve ocorrer a compra e produção; valor de compra, entre outros fatores. Na prática, a gestão de estoque é mais complexa do que se pensa.
O gerenciamento de estoque é uma peça-chave fundamental para o sucesso das empresas. A ideia é que o negócio tenha o estoque ideal, ou seja, se o cliente solicitar o produto, encontrará, mas isso não quer dizer ‘estoque abarrotado de produtos’, é preciso encontrar o equilíbrio, e essa é a parte mais complexa na gestão de estoque para muitas empresas.
Para as tomadas de decisões, inclusive, nesse momento de gestão de estoque é fundamental que o gestor conheça muito bem a empresa, que esteja profundamente envolvido com todas as atividades do negócio, que conheça de perto os processos de cada setor.
Dependendo do ramo de atividades da empresa, é preciso ter detalhada as oscilações de demandas que podem ocorrer durante o ano, há casos em que é necessário que se tenha um estoque de segurança, para garantir que haverá produtos no negócio e que o cliente o encontrará.
A boa gestão de estoque também é peça fundamental para nortear as decisões da empresa, faz com que o gestor evite erros, como por exemplo, comprar itens desnecessários apenas porque apresentam um bom “custo-benefício”.
Permanente – Permite o acompanhamento em tempo real. A reposição de um item é feita sempre que o limite mínimo em estoque é atingido.
Temporário – Também é tratado como periódico, atua como um complemento da análise da gestão de estoque. O objetivo é prevenir a falta do produto.
Quando o assunto é mensuração, a divisão de estoque é realizada em dois tipos:
Físico – a mensuração é em relação à quantidade de produtos.
Valor monetário – é feita com base no cálculo de investimento dos custos de cada produto.
PEPS
O princípio dessa metodologia (primeiro a entrar, primeiro a sair) é que as mercadorias mais antigas em estoque são as que devem vencer primeiro. É uma metodologia muito usada, por exemplo, pelo setor supermercadista.
UEPS
No UEPS (último a entrar, primeiro a sair) o produto que recentemente chegou ao estoque deve ser o primeiro a ser vendido.
Custo Médio
Esse método também é conhecido como Média Ponderada Móvel, em que é possível renovar os valores do estoque sempre que ocorre a entrada de novos itens, para isso, é realizado o cálculo de uma média ponderada.
Just in Time
Traduzida ao pé da letra como “no momento exato” esse método tem como finalidade promover a redução de custos, para isso, o nível de estoque é mantido na menor escala para atender as demandas do negócio. Esse método requer acompanhamento rigoroso por parte da gestão, para que não ocorra um dos principais problemas de estoque: falta de produtos.
Curva ABC
Três pilares fazem parte deste método: giro, faturamento e lucratividade. Os itens de estoque são categorizados em:
Tipo A – São produtos importantes e de alto valor. Mesmo em menor quantidade no estoque, geram muita lucratividade para a empresa;
Tipo B – São itens de valor médio, não demandam um controle tão rigoroso, mas é preciso tomar cuidado porque tendem a ser produtos em grande quantidade no estoque;
Tipo C – São itens menos valiosos e podem ser incorporados em pequenas quantidades no estoque, apenas para atender eventuais demandas.
Há muitos sistemas “softwares”, disponíveis que ajudam na gestão de estoque e previnem muitos erros. É possível para o gestor utilizar um único sistema que ajude no controle mais eficiente de inventários (levantamento físico de todos os itens do estoque).
Por se tratar do patrimônio da empresa, é fundamental que o negócio se preocupe com a gestão de estoque e procure ajuda se não estiver conseguindo gerir adequadamente.
Marcelo Viana – Diretor da T4 Consultoria, especialista em finanças empresariais. Possui experiência de mais de 20 anos em Controladoria e Administração Financeira, tendo atuado em cargos executivos em inúmeras empresas como: Carrefour, Grupo Itavema, Grupo Vigorito, etc. Graduado em Ciências Contábeis; Consultoria Gestão Empresarial-PUC; MBA Controladoria Estratégica pela Fundação Alvares Penteado – FECAP e MBA Gestão Econômica e Financeiras de Empresas-FGV.
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