Procurador Federal, Darlan Dias, discute recuperação do Rio Mãe Luzia na Câmara de Nova Veneza

22/10/2013 13:06

Durante a sessão da última quinta-feira, 17, a Câmara de Vereadores de Nova Veneza, recebeu o Procurador do Ministério Público Federal, Dr. Darlan Dias, para discutir com os vereadores e sociedade sobre o direito ambiental em prol do Rio Mãe Luzia.

Em um primeiro momento o Procurador falou do contexto histórico do início da poluição do rio, desde a chegada dos primeiros colonizadores na região, o crescimento populacional em suas margens, e principalmente sobre a principal fonte de poluição do mesmo: o carvão.

“O rio começou a ser destruído já na chegada dos primeiros colonizadores, depois disso veio as cidades que literalmente cresceram de costas para ele, destruindo a mata ciliar e jogando todo tipo de esgoto diretamente no Mãe Luzia. E por fim, o carvão, que não é a única fonte poluidora, mas foi e ainda é a principal fonte de degradação,” afirmou Dias.

Para o representante do Ministério Público Federal, hoje há muitas áreas recuperadas com qualidade e não com “maquiagens”, como vinha sendo feito em muitos casos no passado.

Segundo o Procurador, o objetivo hoje é recuperar os afluentes e as “bocas de mineração” abandonadas, pois sanando este problema a qualidade da água irá melhorar e muito, alcançando um resultado satisfatório em sete ou dez anos aproximadamente.

Saúde dos rios no município

Para o presidente da Câmara de Vereadores de Nova Veneza, Betão Ranacoski, hoje o agricultor é tido como vilão na poluição dos rios na região, mas é preciso desmistificar esta cultura.

“Hoje o agricultor principalmente o rizicultor, é tido como o patinho feio da questão ambiental. Mas atualmente existe um processo moderno e práticas corretas no cultivo do arroz, onde a poluição dos rios por agrotóxicos é mínima, a prova disso é que junto às plantações há peixes vivendo na mesma água onde é realizado o cultivo. Além da fiscalização desde a produção até a chegada do produto ao supermercado.” Afirmou Betão.

Para acompanhar a recuperação dos rios da região, com mapas e infográficos acesse o site da Justiça Federal de Santa Catarina.

Willians Biehl