
No mês em que celebrou seu aniversário, Nova Veneza homenageou também um dos maiores nomes de sua história religiosa: o Cônego Amílcar Gabriel. Mais de duas décadas após sua morte, a lembrança do líder espiritual permanece viva no coração da comunidade, também representada por um monumento que agora está restaurado e fica ao lado da Igreja Matriz São Marcos.
A ação contou com a orientação de Loreti Vitali Ghisleri (Leti), que cuida com dedicação da capela onde estão os restos mortais do Cônego. Todos os custos da restauração foram pagos com recursos provenientes do aluguel da casa onde o Cônego residiu, conforme definido em testamento que está sob responsabilidade do Padre Vilmar Moretti.
O novo monumento, mais detalhado e com acabamento artístico aprimorado, foi pensado não apenas como homenagem, mas como símbolo de acolhimento para quem chega à cidade. Localizada em um ponto de destaque ao lado da Matriz, a imagem se tornou um marco de fé e memória para visitantes e fiéis. O artista responsável pela restauração foi Luiz Fernando Siqueira, o Chibita.
Histórias que se cruzam
O Padre Vilmar tem uma história pessoal ligada ao cônego Amílcar. Chegou a Nova Veneza em julho de 1990, vindo da Diocese de Caçador, e atuou ao lado do cônego por 14 anos, até dezembro de 2003. Depois, esteve em Criciúma, mas retornou em 2016, completando ao todo 19 anos de dedicação pastoral à cidade.
O padre Vilmar destacou a marca profunda deixada pelo Cônego na cidade. “Mesmo antes de morrer, já tinha ares de santidade. Foi um homem que dedicou mais de 50 anos de sua vida sacerdotal a esta comunidade, sempre com sabedoria, fé e um profundo amor pelas pessoas” falou.
Segundo ele, a história da cidade pode ser dividida em dois momentos: antes e depois da chegada de Amílcar. “A marca que ele deixou jamais se apagará. Que a mão santa representada nesta estátua abençoe todos os que a ela dirigirem o olhar”, finalizou.



