Mau cheiro provocado por indústria, gera abaixo-assinado no São Bonifácio

O documento que contém mais de 150 assinaturas, foi produzido por moradores da comunidade de São Bonifácio em Nova Veneza.

A entrega da documentação aconteceu na manhã da última quarta-feira, 7, na sede da Fundação do Meio Ambiente de Nova Veneza (Fundave), pelo presidente da Associação de Moradores da comunidade, Onir Niehues.

O objetivo do documento que representa a grande maioria dos moradores, é solicitar ajuda do órgão, para que tome providências sobre o odor emitido por uma fábrica de fertilizantes orgânicos instalada naquela comunidade.

Segundo o documento, após várias solicitações à direção da Adubos Niorg, para que a situação fosse resolvida, até hoje, o problema do mau cheiro não foi solucionado. “Há períodos em que o cheiro é tão forte, que roupas estendidas na rua, precisam ser lavadas novamente, fazer refeições ou até mesmo dormir se torna difícil, chega dar náuseas e, isso está influenciando diretamente na saúde e qualidade de vida dos moradores,” disse Onir.

“Não somos contra a fábrica, pois também gera emprego e renda na comunidade, inclusive reconhecemos que melhorias já foram feitas, mas infelizmente não foram suficientes,” finaliza.

Diego Niehues, um dos sócios da empresa, afirmou que o mau cheiro é inerente da atividade, e que a empresa cumpre a legislação e possui todas as licenças necessárias para seu funcionamento, além disso, está constantemente investindo em tecnologia para que o problema do mau cheiro possa chegar a um padrão aceitável. “Conforme análises que fizemos em laboratório credenciado, já conseguimos reduzir a emissão de partículas em mais de 80%, e continuamos investindo, hoje mesmo mais materiais irão para o laboratório. O que aconteceu nos últimos 15 dias foi que por causa da estiagem, houve um aumentando do odor”, afirmou Niehues.

O presidente da Fundave, Juliano Dal Molin, disse que o órgão irá tomar as providências cabíveis, mas que a atuação nesse caso é limitada, pois a responsabilidade pelo licenciamento é da Fatma. “Vamos auxiliar os moradores na busca pela solução do problema, com esta documentação, iremos procurar a Fatma e também o auxílio do Ministério Público”, revelou Dal Molin.

Willians Biehl