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Itália facilita entrada de descendentes e reforça necessidade de vivência cultural no país

Itália facilita entrada de descendentes e reforça necessidade de vivência cultural no país

Roma, Itália. Foto: Willians Biehl

A Itália publicou uma nova circular que regulamenta o Decreto Tajani e cria um caminho facilitado para a entrada e permanência de descendentes de italianos. A medida, divulgada na Gazzetta Ufficiale, beneficia países com forte fluxo histórico de emigração, como o Brasil, que soma 682.300 cidadãos italianos inscritos no AIRE. Com a mudança, descendentes de terceira a sexta geração poderão ingressar no país fora das cotas de imigração e residir legalmente com mais agilidade.

Aroldo Frigo Junior, representante da comunidade italiana em Santa Catarina, avalia que a regulamentação reconhece a dimensão da diáspora italiana. Ele afirma que a circular representa “uma oportunidade concreta para que essas famílias retomem seus vínculos com a Itália de forma organizada e legal”. Segundo ele, o novo visto permitirá que descendentes trabalhem e construam residência no país, além de possibilitar o pedido de reconhecimento da cidadania por origem sanguínea após dois anos de residência fixa e ininterrupta.

Para Aroldo, o governo italiano demonstra preocupação em garantir uma vivência real no país. Ele considera que a proposta “estimula o descendente a aprender a língua, conviver com a cultura e realmente se inserir na sociedade italiana”. O representante também observa que o processo reduz distorções do modelo atual, no qual muitos buscam a cidadania apenas para circular pela União Europeia sem criar vínculos efetivos com o território italiano.

A circular é recente e ainda está sendo analisada na íntegra. Aroldo reforça que o texto oficial precisa ser estudado com atenção, mas destaca que a iniciativa aproxima descendentes e fortalece a relação histórica entre o Brasil e a Itália ao incentivar uma presença ativa dessas comunidades no país.

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