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Grau de escolaridade influi nos rendimentos dos brasileiros

Grau de escolaridade influi nos rendimentos dos brasileiros

Aptidões desenvolvidas no curso superior são valorizadas pelo mercado

Quanto maior a escolaridade, maior o rendimento. A confirmação vem da última Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgada em 2013 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Conforme a publicação, o rendimento-hora do grupo mais escolarizado da população ocupada equivale a 4,5 vezes o

rendimento-hora das pessoas com até quatro anos de estudo. Assim, trabalhadores com 12 anos ou mais de estudo recebem por hora, em média, R$ 22,61, enquanto que os com até quatro anos de estudo ganham R$ 5 por hora.

A Pnad deixa clara a relação entre escolaridade e rendimentos em cada estado. Em Santa Catarina, por exemplo, cerca de 80% das pessoas que recebem mais de dez salários mínimos têm onze ou mais anos de estudo.

E com o salário melhor, os estudos trazem oportunidades melhores, como o crescimento dentro da organização. A professora da Unesc, que atua na área de psicologia organizacional, Vera Lúcia Leal Crispim, afirma que nos processos seletivos para contratação as empresas preferem profissionais que tenham flexibilidade, sejam inovadores e consigam trabalhar bem em equipe, características também desenvolvidas durante a formação profissional.

“As pessoas com curso superior têm mais possibilidades de trabalho e mesmo que não estejam na sua área de formação conseguem salários melhores. A universidade desenvolve o pensamento lógico e a capacidade de lidar com problemas e se relacionar com pessoas. E isso, o mercado valoriza”, comenta.

Vera ressalta que o mercado de trabalho atravessa um momento com maior oferta de vagas que pessoas para preencherem. O motivo: falta de qualificação. Ela afirma que a facilitação do acesso ao ensino técnico e superior é relativamente recente e, por isso, a carência por mão-de-obra qualificada ainda é grande. “Até alguns anos não existiam tantas possibilidades de bolsa de estudo e financiamentos, o que dificultava o acesso mais amplo ao ensino superior. Hoje, temos oferta de cursos, inclusive de curta duração como os tecnológicos, com possibilidades de bolsa integrais e financiamento. Só não estuda quem não quer”, comenta.

Milena Nandi

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