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Historiadora Marlene de Fáveri lança livro sobre a imigração italiana para o Sul de Santa Catarina

Historiadora Marlene de Fáveri lança livro sobre a imigração italiana para o Sul de Santa Catarina

Em 2025 comemora-se os 150 anos da imigração italiana para o Brasil. Em Santa Catarina, Nova Veneza é considerada a cidade mais italiana do Estado devido à forte influência da cultura italiana na gastronomia, arquitetura e costumes mantidos pelos seus moradores.

O Dia do Município, 21 de junho, anualmente comemorado, fará parte na 19ª Festa da Gastronomia Típica Italiana, uma celebração da cultura que inclui desfiles, apresentações culturais e atividades comemorativas. Com um século de tradição, a festa é uma celebração da cultura e tradição italiana. Nova Veneza também ostenta o título de Capital Nacional da Gastronomia Típica Italiana.

Neste ano, a festa acontecerá nos dias 18 a 22 de junho, com apresentações culturais, shows, danças folclóricas, desfiles com carros alegóricos com trajes de máscaras como o Carnevali di Venezia e o famoso baile de gala.

No dia 21, a historiadora Marlene de Fáveri, nascida em Vila Maria, interior do município, lançará seu mais recente livro, O Lenço e Rosário (Editora Insular), romance ficcional histórico ambientado na região Sul de Santa Catarina.

No livro, Marlene conta a história de uma família oriunda do norte da Itália que imigrou no final do século XIX para o Brasil, vindo a instalar-se no extremo Sul de Santa Catarina em busca do sonho de far la Mérica. Para esta família, com as tantas outras que vieram na mesma condição, o sonho era se estabelecer, conseguir terras e trabalhar na agricultura. Uma vez nesta terra, formaram colônias que hoje são cidades ou vilas, como é a história da fundação de Nova Veneza.

O livro narra as condições da travessia do mar Atlântico, a chegada no porto do Rio de Janeiro, a vida para o Sul de Santa Catarina, as adversidades, os medos, as dificuldades dadas as distâncias, a abertura de picadas no mato fechado, os percalços no enfrentamento com os bugres (indígenas), as dificuldades no cotidiano imerso no trabalho de homens e mulheres até conseguirem terra e trabalho. 

Responsáveis pela reprodução da vida e da manutenção dos costumes e condutas na obediência da religiosidade católica, as mulheres viviam para trabalho árduo, servir, economizar, rezar e gerar filhos. Elas resistiram aos partos de famílias numerosas, as mortes, as violências num cotidiano de trabalho extenuante para que os maridos comprassem terras. São três gerações que, desde a travessia pelo mar até a chegada no destino, fazem parte da história do Brasil e de Santa Catarina. 

A família viveu os acontecimentos sociais e políticos no Brasil do século XX, como as tensões durante Primeira Guerra Mundial, a afeição ao Integralismo, o recrutamento dos filhos para a Força Expedicionária Brasileira, as perseguições sofridas no cotidiano da Segunda Guerra Mundial, o suicídio de Vargas, o comunismo como ameaça sempre lembrado como o mal e a religião católica como redenção. 

É uma obra que celebra os 150 anos da imigração italiana e, por certo, é de interesse das pessoas que tem ascendência italiana residente em Santa Catarina e no país. 

Data: 21 de junho de 2025
Horário: 10 às 12 horas
Local: Rua Coberta

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