Chegou então o período da vendemmia na Itália, que é a colheita da uva.
Aproveitando esse período, vou falar um pouco dos vinhos. Porém, para se falar de vinhos precisa ter muito conhecimento no assunto. A Itália é um país que produz muito vinho e cada uva tem sua região. Vou citar algumas, porque são muitas.
Barolo, Barbera, Nebbiolo, Moscato no Piemonte; Lambrusco, Sangiovese, Trebbiano na Emilia Romagna; Primitivo, Negro Amaro na Puglia; Pecorino, Passerina, Montepulciano no Abruzzo; Pinot Grigio, Cabernet Franc, Merlot na Friuli-Venezia-Giulia; Garganega, Durella, Corvina, Rondinella no Veneto.
Como moro na região do Veneto, precisamente na cidade de Verona, vou falar dos vinhos deste local. Na província de Verona existem dois lugares famosos como referência: Lago di Garda e os Montes Lessinia. Nessas duas regiões existem as conhecidas “valadas”, como a Valpolicella, Val d’ Alpone, Val di Ilasi e Valpantena, que é onde eu moro. São nessas valadas e colinas que é produzido a maioria das uvas da província de Verona.
Ao lado de minha casa tem a Cantina Valpantena que produz o vinho mais famoso da província, que é o Amarone di Valpolicella. O Amarone é feito das uvas corvina e rondinella. As uvas ficam durante quatro meses secando e são escolhidas uma a uma.
Dependendo da safra e da cantina, no Brasil um Amarone chega a custar de R$ 300 a R$ 1.200, enquanto que aqui na Itália encontra-se nos supermercados por 14 até 55 euros.
Depois do Amarone um outro vinho que é excelente e que custa pouco é o Ripasso, que é nada mais que um vinho tinto passado no bagaço da uva do amarone. O Ripasso custa nos supermercados entre 4 e 8 euros a garrafa, dependendo da cantina e safra.
Outras cantinas de Verona que produzem o Amarone são: Zenato, Tomasi e Bertani.
Se alguém do Brasil estiver em Verona e quiser comprar vinhos diretamente na cantina, vá até a cantina Valpantena e procure meu primo, o veneziano Richardson Moro que trabalha lá há 15 anos. Você será bem atendido e com um bom desconto.
Olá Maria.Fico feliz em saber que você gosta das minhas publicações.Realmente o pão daqui é muito bom.Eu sempre falo que a pasta daqui com um bom sugo e o pão,não precisa mais nada.Ah,e uma garrafa de vinho,é claro.Tinto.De preferência um amarone ou ripasso.rsrs.
Quando voltares à Itália de repente posso levar vocês em alguma cantina.Abraço.
Bom dia,Ademar.Realmente um bom vinho parte de uma boa uva seleciona e,o amarone pra mim é o melhor.Tanto no preço como na qualidade.Abraço.
Oi Ricardo bom dia.
Sou tua leitora assídua, fomos a Itália em maio deste ano ficamos 25 dias por aí.
Passeamos muito e ficamos encantados com as parreiras de uva ao longo do caminho do trem.
Não tivemos tempo de visitar uma vinícola, mas ainda vou conseguir realizar esse sonho de entrar em uma e também aprender a fazer os pães que comemos ai. Abr
Parabéns pelo artigo, Ricardo! O segredo de melhor qualidade está na escolha da uva. Em Nova Veneza, o Sr. Milton Paladini, nosso vizinho, fabricava vinho para consumo próprio. Caprichoso, selecionava cada grão de uva. Por isso, seu vinho era um dos melhores.