Quem deve ser o herói?

Quando temos nossos filhos vivemos numa constante preocupação para que tenham um vida saudável em todos os aspectos. Não medimos esforços para dar a eles conforto, boa educação, brinquedos (na minha opinião sempre demais), lazer e uma boa alimentação – mas sempre recheada de “bobagens”.

Eles crescem e a gente quer que tenham tudo que a sociedade nos empurra de goela abaixo. Sabemos que nem tudo está ao nosso alcance mas tiramos o “couro” no trabalho para dar aquele celular, aquela bicicleta, ou a camiseta da marca tal; sempre querendo acompanhar as novidades que a mídia nos oferece.

É uma loucura, você compra um celular por uma fortuna e dali três meses já lançaram outro para complicar a cabeça e o bolso dos pais.

-Ah, se eu não der meu filho vai ficar à margem da tecnologia, seus amiguinhos não irão nem querer sair com ele! Desculpa de alguns pais.

Pura bobagem. Nossos filhos nascem e nós pais, avós é que apresentamos a eles as coisas do mundo.

Nossas crianças só querem amor, carinho, atenção, respeito e limites. Sim, eles querem limites. Você nunca ouviu uma criança ou adolescente dizer “meu pai me deixa fazer tudo”? E você percebeu como essas crianças são infelizes? Não vou dizer que todas mas a maioria é infeliz.

Estou abordando este assunto porque li, na contra capa do Jornal A Tribuna do dia 22/01/2018, o artigo “Faça do seu filho o seu herói” da Psicóloga Aline Marques, membro da CERES – Associação Criciumense de Apoio à Saúde Mental. Eu confesso que encontrei naquelas palavras, ditas com uma simplicidade e clareza que chega a ser chocante de tão óbvias.

Aline mostra, em poucas palavras, o caminho para termos crianças saudáveis e prontas para enfrentar as dificuldades que a vida pode oferecer. Ela diz no final do seu texto …” Precisam sim, de educação, respeito e pequenas frustações comuns à vida, além é claro, de serem paparicadas de vez em quando.”

Meus filhos já são adultos, casados e me deram netos lindos, me preocupo muito com a saúde física e mental das crianças. Por isso li o artigo, recortei e repassei para os pais da minha família lerem e se possível reler de vez em quando para não esquecer nunca do que deve ser feito e dito para que todos sejam felizes.

Se você tiver oportunidade leia também, tenho certeza que vai gostar muito.

Maria Margarete Olimpio Ugioni