O que talvez não se compreenda

Toda flor,
Quando não regada,
Murcha, morre e cai ao chão,
Junto a terra,
Ou ao concreto ardor da vida!

Toda flor,
Perdida por ai,
Resisti ao mundo,
Mesmo que em razão,
De coisas,
Incompreendidas por todos!

A rosa,
Que não é vermelha,
Encanta com o pitoresco reflexo,
Da cor que ninguém soube distinguir!

Entre o véu,
Sobre o céu,
Nada mais é dito,
Resta o nobre infinito,
Das possibilidades,
Que perdidas como a rosa,
Que murcha a cada dia,
Resta o sonho,
Daquilo que pareceu absurdo!