O ópio do povo?

Uma das mais famosas frases mencionadas por Karl Marx, filósofo e sociólogo do século XIX, é esta: “A religião é o ópio do povo”. Essa frase gera polêmica e muita discussão no meio acadêmico e em alguns âmbitos religiosos. Na época, a referida frase causava grande impacto; hoje, porém, não causa muito efeito. Tirando os conceitos e argumentos de lado (não os descartando, mas para ganharmos tempo) e, trocando em miúdos: a sociedade, a política, a religião, enfim, a geração da época e o comportamento foram analisados por Marx, ao passo que ele chegou a esta conclusão: Religião = Ópio.

Sabemos que a religião é fonte de lucro para alguns; porém, para outros (ditos fracos), é uma fuga. Talvez, por isso, Marx também afirmou que a “Religião é o ópio do povo”.

Atualmente, há vários “ópios”, se bem que para alguns (ainda) a religião continua sendo (no sentido pejorativo da palavra), mas há “ópios” de todas as espécies: drogas, sexo, dinheiro, luxúria, poder, destaque na sociedade, entre outros.

O ópio possui vários efeitos, o principal é “tranquilizar” o usuário, porém, as consequências do mesmo são nocivas à saúde.

No que diz respeito à religião Marx estava certo, de certa forma, pois a religião traz tranquilidade para alguns e, como dito anteriormente, é uma fuga para outros. Lembrando que a origem da palavra religião é religare (Latim). Neste sentido, quando o homem está inserido no rol de membros de uma determinada instituição com o intuito de ser religado ao Criador, o efeito é, verdadeiramente, tranquilizador. A paz verdadeira paira sobre a alma. Porém, quando as intenções dos religiosos se voltam para outros interesses, as consequências são avassaladoras. Nada se aproveita.

O ópio – no sentido religioso – não traz consequências como o efeito da droga em si (a menos que vire um fanatismo religioso, destacado pelo conceito Marxista), mas os efeitos que uma religião bem alicerçada na Palavra de Deus traz, seguida por àqueles que são sinceros, são os melhores, a saber: sabedoria para discernir as coisas, sabedoria para lidar com os problemas do dia a dia, paciência, tolerância, alegria verdadeira (ver mais em: Gálatas 5.22).