Guerra das Malvinas: morador de Nova Veneza recebe reconhecimento do governo argentino

Guerra das Malvinas: morador de Nova Veneza recebe reconhecimento do governo argentinoPor Francine Ferreira e Willians Biehl

Orlando de Souza mora há vinte anos em Nova Veneza, na comunidade de Vila Maria, e atua como caseiro da Sociedade Esportiva e Recreativa Veneza (SERV). Só que o que muitos não sabem é que ele foi recentemente reconhecido pelo Governo Federal da Argentina, como um dos ex-soldados que atuou pelo país na Guerra das Malvinas, em 1982.

O confronto é conhecido historicamente por ter sido um conflito bastante rápido entre Reino Unido e Argentina, que duelaram pelo controle de um pequeno arquipélago no Atlântico Sul, chamado de ilhas Malvinas. Com a mobilização de uma grande força militar e com maior capacidade tecnológica, a Grã-Bretanha rapidamente venceu a guerra.

Guerra das Malvinas: morador de Nova Veneza recebe reconhecimento do governo argentino
General Leopoldo Galtieri.

O conflito foi iniciado por ordem do ex-ditador argentino Leopoldo Galtieri. Ele ordenou a ocupação das ilhas, que estavam em posse da Grã-Bretanha desde 1833. Para o ditador, o território argentino deveria ser indivisível. A posse por uma nação estrangeira significava ameaça à soberania. No dia 2 de abril de 1982, os argentinos desembarcaram nas Malvinas, rendendo o governador da ilha, Rex Hunt, e alguns poucos soldados Britânicos que faziam a segurança da ilha.

Na época com 18 anos, Orlando conta que seu grupo ficou mobilizado por 16 meses, na maioria do tempo em campo, atuando em instrução e aguardando um possível ataque inglês ao território argentino na área continental. “Quando voltamos, eles ficaram quietos e nós seguimos sempre buscando nossos direitos. Agora, faz um tempo que o presidente chamou a todos nós em Buenos Aires e confirmou que eles reconhecem nosso serviço e que irão pagar os direitos que temos.  Além de dar medalha de reconhecimento”, completa.

Drogas

Orlando conta ainda que uma droga era ministrada aos combatentes, logo em seguida, ficavam tão ativos que trabalhavam por horas e até dias sem se cansarem.

A tática de drogar os soldados não era nova, foi exaustivamente utilizada pelos alemães durante a Segunda Guerra. Tinha como princípio ativo uma das drogas mais fortes e mais viciantes já inventadas pelo homem: a metanfetamina.

Porém, assim que a Guerra das Malvinas terminou, Orlando conta que havia uma legião de soldados viciados que sem sucesso procuravam desesperadamente saciar o vício pela droga que não era mais encontrada. Em completo abandono pelo governo, muitos decidiram acabar com a própria vida.

Medo

Apesar do conflito não ter chego em grande escala até o território continental argentino, haviam incursões de forças especiais inglesas que tentavam sabotar instalações importantes. “Éramos todos jovens sem experiência alguma em combate, tínhamos muito medo dos Comandos, que chegavam e saiam durante à noite e degolavam nossos sentinelas,” lembra Orlando.

Guerra das Malvinas: morador de Nova Veneza recebe reconhecimento do governo argentino
Soldados argentinos nas trincheiras.

Durante o conflito, Souza serviu na 3ª Companhia de Engelharia III, de Monte Casero, em apoio ao Regimento de Infantaria IV, no sul da Argentina. Seu trabalho foi basicamente a instalação de minas terrestres ao redor de portos.

7 Comentários

  1. quando todos sabem perfeitamente bem porque é que começou a tal da guerra das malvinas, que na verdade nada tem a ver com disputas territoriais, e sim com uma tentativa imbecil, absurda de usar uma pseudoguerra pra distrair a atenção da população argentina dos horrores impostos pela ditadura ao país, esse texto aí vem e fala em “ameaça à soberania” da Argentina por um país que na época, praticamente nem Forças Aramadas tinha

  2. Hola hermanos, soy argentino y estuve asignado al Teatro de Operaciones Atlantico Sur patagonia argentina. El estado argentino aun niega la veterania de guerra a los soldados que defendimos la patagonia de una invacion chilena por un lado y del ingreso de los comandos ingleses por el litoral marítimo del atlántico.-

  3. Viva a Argentina! Pátria ou muerte! Se não fosse os americanos a Inglaterra teria perdido a guerra.

  4. Eu lembro da guerra, a Argentina tomou um chocolate da Inglaterra, os ingleses acabaram com s guerra com uma facilidade.

  5. Show de bola eu gostaria de conversar com o seu orlando sou fascinado por essas histórias de guerras!