Em tempo de guerra

Isso mesmo, estamos vivendo num tempo de guerra. Não aquela guerra que estamos acostumados a ver ou ouvir nos meios de comunicação e que, graças a Deus, o Brasil não vive mais: a guerra com armamentos bélicos.

Hoje vivemos uma guerra que não sabemos onde se encontra o inimigo, pode estar ao nosso lado e não sabemos. Mas podemos nos proteger através dos cuidados de higiene, uso de máscaras e distanciamento social.

Agora, tá difícil combater um inimigo que cresce no coração dos seres humanos: o da ganância.

Assim como numa guerra, a pandemia do Coronavírus, criou monstros insensíveis que não mediram esforços e nem tiveram nenhum pudor em se aproveitar da situação e ganhar dinheiro com o desespero do ser humano, com a doença, com a morte.

Todos os dias sabemos de golpes dados por pessoas inescrupulosas, pessoas impiedosas que não se importam com o sofrimento alheio.

Tudo começou com a corrida aos supermercados para comprar gêneros alimentícios como se fosse faltar comida. Por mais que se pedia para não comprar em exagero, o povo não escutava. Alguém assistiu o filme “O Poço”? Parece que foi feito para demonstrar o que estamos vivendo.

Em seguida vieram o superfaturamento do álcool em gel e sua fabricação clandestina.

Teve também a corrida às farmácias para comprar o suposto remédio que combateria o Coronavírus. Sem a preocupação com as pessoas que realmente precisariam daquele medicamento.

E por último, as fraudes nas compras dos respiradores pulmonares no Brasil todo.

Eu nunca pensei que ainda pudesse existir pessoas tão más, sem caráter, insensíveis, pessoas tirando proveito da “guerra” que o Mundo tá vivendo. É triste, decepcionante e incompreensível.

Como compreender alguém que desvia dinheiro destinado à compra de respiradores pulmonares, tão essenciais para sobrevivência daqueles acometidos do vírus? Como compreender alguém que enche os bolsos enquanto um grande número de pessoas morre “sem ar”? Será que este insensível não pensa que pode ser ele, ou um familiar, que venha a precisar deste recurso?

Tá complicado, estamos “sem pai nem mãe” como se dizia quando a gente não tem quem nos defenda, quem lute por nós. E é assim que eu me sinto.

Tenho medo, muito medo da doença e das pessoas que nos representam.

Fiquem com Deus e se cuidem!

Maria Margarete Olimpio Ugioni