Caminhada Vocacional leva fiéis até o Santuário de Caravaggio

Por Bibiana Pignatel

Fiéis de toda a Diocese de Criciúma participaram da Caminhada Vocacional Diocesana, realizada na manhã deste domingo, 25, quando a Igreja recorda o dia de oração pela vocação dos catequistas e dos leigos e leigas.

Padres, religiosas, seminaristas e leigos de diversas pastorais e movimentos das paróquias da Diocese participaram da manifestação religiosa, que já conta com mais de trinta anos de tradição em Criciúma. A caminhada teve início às 08h30min, na rótula de acesso a Rio Maina e culminou com a missa no Santuário Diocesano Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Veneza.

O bispo diocesano, Dom Jacinto Inacio Flach, saudou a todos, participou da caminhada e presidiu a celebração eucarística. O assessor eclesiástico da Pastoral Vocacional, padre Gilson Pereira, e o Coordenador Diocesano de Pastoral, padre Antônio Júnior, conduziram o grande grupo em seu trajeto por meio de orações e reflexões. Religiosas e leigos também participaram do momento, que contou com a oração do terço mariano e cantos que animaram a caminhada de mais de seis quilômetros.

Com o objetivo principal de rezar por todas as vocações, a caminhada meditou o tema proposto pelo Congresso Vocacional do Brasil – “Vocação e Discernimento” e o lema “Mostra-me, Senhor, os teus caminhos!” (Sl 25,4).

Em sua homilia, Dom Jacinto recordou momentos recentes e importantes da Igreja regional e diocesana, como a Assembleia de Pastoral em Lages, o Encontro de Seminaristas Diocesanos (que reuniu 43 deles) e o valoroso trabalho realizado pelos catequistas e agentes vocacionais em todas as comunidades. “Vocês são uma bênção para a Igreja, ajudando a evangelizar nossos jovens e crianças!”, disse o bispo. Dom Jacinto citou a partilha com o Bispo de Chapecó, cuja diocese também realizou sua quarta caminhada neste domingo, a exemplo da promovida em Criciúma, e dos frutos que começaram a surgir naquela diocese.

“Queridos irmãos e irmãs, nós não podemos esperar nunca milagres ou magia. É um processo que a gente faz, é uma caminhada que nós temos que fazer. Assim como nós caminhamos juntos a este santuário, rezamos, cantamos, nos alegramos um com o outro, chegamos aqui, na casa da Mãe. Mas este é todo um trabalho que foi feito em nossa Diocese há muito tempo e os frutos hoje estão aparecendo”, ressaltou Dom Jacinto.

Diante do número de seminaristas diocesanos, o epíscopo motivou à solidariedade também na oração pelas congregações religiosas que mais precisam. “Não podemos, nunca, pensar só em nós. Temos que ajudar os outros!”, disse.

Ainda sobre a Assembleia Regional, Dom Jacinto partilhou o estudo sobre as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil para os próximos quatro anos e o desejo de que as comunidades tenham, cada vez mais, espírito missionário, como também pede o Papa Francisco. “Comunidades que se reúnem, rezam, celebram, mas que também vão em busca de outros filhos e filhas que estão perdidos e afastados neste mundo. Este é o futuro da Igreja e, para isso, precisamos de todas as vocações: famílias, religiosas, padres diocesanos e religiosos, todas as vocações! Nenhum é excluído deste trabalho da Igreja”, enfatizou o bispo.

Sobre o sentido da Liturgia deste domingo, Dom Jacinto confortou os fiéis ao comentar sobre a “porta estreita” da qual fala o Evangelho de Lucas (13,22-30), as opções do mundo e o sofrimento pelo qual aqueles que seguem a Deus são, muitas vezes, experimentados na vida. Segundo Dom Jacinto, isto não significa que Deus não nos ama. “Deus olha para o coração de todos nós e sabe o quão valiosa é a nossa fé! (…) Queridos irmãos e irmãs, que Deus nos ajude, para que possamos continuar, com muita alegria, a nossa vida, e que Deus continue derramando tantas vocações maravilhosas em nossa Igreja da Diocese de Criciúma. Que Deus nos abençoe e muito obrigado a todos vocês. Que todos retornemos a nossas casas com a certeza de que Deus vai dizer a cada um e a cada uma: ‘Te conheço, meu filho, minha filha’. Esta será a nossa alegria!”.