Bem-estar no trabalho: isso é possível?

Trabalho: atividade realizada por adultos, que possui remuneração e fonte de renda para muitas famílias.  Se refletirmos sobre o grande número de profissões existentes, podemos compreender a importância do trabalho na vida do ser humano.

Em uma breve retrospectiva, há algumas décadas atrás, o trabalho era o núcleo familiar, pois dali vinha o sustento familiar. Por isso, as famílias optavam por ter um grande número de filhos para que auxiliassem no trabalho braçal: quanto mais trabalho, mais renda. Isso era levado de geração a geração, e aquele bebê que estava no ventre de sua mãe já tinha profissão definida: a escolha era da família.

Conforme o tempo foi passando, as formas de trabalho foram sendo modificadas: com a chegada da CLT e a globalização juntamente com as indústrias, fizeram com que muitas famílias migrassem das atividades do campo para as cidades e trabalhassem como funcionários das empresas (ou até mesmo, colocando seu próprio negócio): com horários estipulados, salários fixos, e o conjunto de benefícios que a CLT propõe, ou seja, bem diferente do que trabalhar na roça.

Algumas evoluções são bacanas de serem observadas: antigamente, os trabalhadores eram chamados de empregados – aquele que faz, que põe em prática; posteriormente, passou a ser chamado de funcionário – aquele que faz funcionar, responsável por determinada função, e atualmente, são chamados de colaboradores – aquele que colabora para o bom funcionamento da empresa.

Mas afinal, o que isso tem a ver com bem-estar?

Ao considerar o colaborador como componente da empresa e parte do sucesso dela, é importante avaliar os impactos que o ambiente organizacional na vida do colaborador. Atualmente as jornadas de trabalho na indústria, por exemplo, possuem em média de 40 a 44h semanais, ou seja, grande parte do seu dia, o indivíduo passa trabalhando.

Percebe-se que cada vez mais, quanto mais satisfeitos com a empresa em que trabalha, maior o nível de produtividade, sendo como consequência, o maior faturamento para a organização. Ou seja: quando mais satisfeito, mais produção. E aqui vale ressaltar que satisfação no trabalho, não diz respeito apenas a um bom valor de remuneração, mas sim, corresponde também a boas condições de trabalho como liderança, trabalho estratégico, benefícios, conforto e boas condições dos utensílios de trabalho, gratificações, reconhecimento profissional por meio de feedbacks, promoções, benefícios entre outros componentes que auxiliam para manutenção da satisfação do colaborador.

Com isso, o colaborador vai ganhando, aos poucos, mais valorização. Hoje, as empresas com essa visão, optam em adotar estratégias para que os colaboradores sintam-se valorizados, acolhidos e importantes para a empresa – sabendo que a empresa é como um quebra cabeça, e que cada peça é fundamental para que tudo funcione perfeitamente.

Daniels (2000) afirma que o bem-estar ocupacional pode ser considerado o bem-estar afetivo no trabalho, a prevalência das emoções positivas. De acordo com Paschoal (2008), definindo bem-estar ocupacional desta forma, Daniels (2000) dá a merecida relevância às respostas do indivíduo, às experiências resultantes das interações do ambiente de trabalho e às suas características pessoais.

É bastante óbvio que hoje, as profissões estão mais abrangentes, com suas funções específicas e que é possível, em grande parte das vezes, a escolha da profissão – o que, como citado anteriormente, não era tão simples assim. Constata-se cada vez mais, que o próprio colaborador é um divulgador dos produtos da empresa. Se ele fala bem do seu trabalho para a família, a própria família vai promover a empresa, e se ocorrer do contrário, a família poderá deixar de ser consumidor daquele produto fornecido pela empresa.

Empresa e colaborador necessitam ser parceiros para que ambos saiam ganhando. Bem-estar no trabalho quer dizer estar satisfeito no que faz, e onde faz. É possuir um clima organizacional bacana, a ponto de ter a possibilidade de pedir auxílio quando necessário, e auxiliar ao outro quando ele necessitar. É obedecer as hierarquias organizacionais, não sentindo-se menor ou maior: mas pertencente ao quebra-cabeça como um todo.

Precisamos evoluir ainda mais, mas já estivemos muito mais longe. Cuide de você, cuide da sua saúde mental!

Escolhe um trabalho de que gostes, e não terás que trabalhar nem um dia na tua vida. – Confúcio

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