“A educação ambiental precisa ser aprofundada”, alerta professor PhD de Portugal

Geógrafo Francisco da Silva Costa compartilhou conhecimentos com acadêmicos e membros dos Comitês Araranguá e Urussanga.

O cenário da preservação das águas na Europa, e o comparativo com a gestão que é realizada atualmente no Brasil, foram os tópicos que nortearam a palestra do professor PhD e geógrafo Francisco da Silva Costa, da Universidade do Minho, em Portugal, realizada nesta quarta-feira, 14, em Criciúma. Na oportunidade, o estudioso, que também atua como Expert da União Europeia no quadro do Programa Horizonte 2020, ressaltou a necessidade de se aprofundar a educação ambiental, principalmente para as crianças.

“Essa parte é fundamental, porque precisamos preparar as pessoas que vão administrar os nossos recursos hídricos no futuro. Quando falamos das crianças, são as gerações que vão estar, daqui a 20 ou 30 anos, administrando a gestão das águas, e se não forem sensibilizados para a questão, estarão menos preparadas para resolver os problemas que surgirão”, argumentou Costa.

Além disso, o professor PhD alertou que a sociedade civil precisa caminhar para um estágio de maior envolvimento na preservação da água. “A participação pública e participação social não tem se revelado suficiente para haver um envolvimento que permita uma melhor gestão dos conflitos e a preservação dos recursos hídricos. Por isso, reforço que a educação para a sustentabilidade deve ser aprofundada e possibilitar uma maior capacitação das comunidades para a gestão participativa”, completou.

Realizada pelos Comitês das Bacias do Rio Araranguá e Afluentes Catarinenses do Mampituba e do Rio Urussanga, a palestra contou com o apoio da Secretaria do Desenvolvimento Econômico e Sustentável (SDS) de Santa Catarina e Associação de Proteção da Bacia Hidrográfica do Rio Araranguá (AGUAR), além da parceria da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc).

Atuação dos Comitês

De acordo com o geógrafo, os Comitês de Bacia são instrumentos para aproximar do setor público os usuários, gestores e agentes relacionados com a água. “Devem ser entidades de proximidade para a gestão e preservação dos recursos hídricos. Na palestra, pretendi fazer com que as pessoas envolvidas nesse meio fizessem uma reflexão, no sentido de conhecerem outra realidade e sentirem que existem situações muito semelhantes, ações que também são negativas e novas práticas, com abordagens mais modernas”, acrescentou.

Para a presidente do Comitê Urussanga, Carla Cristina Possamai Della, o professor conseguiu mostrar a evolução europeia no que diz respeito à preservação a água. “O que, infelizmente, estamos muito atrás. Eles começaram os cuidados com esse recurso já nos anos 1900, o que nós, no Século XXI, ainda não temos. Pudemos perceber que o Brasil está no caminho certo, mas que ainda precisa de mais políticas efetivas de gestão”, avaliou.

Nesse mesmo âmbito, o presidente do Comitê Araranguá, Luiz Leme, também constatou que o Brasil demorou muito para começar a se preocupar com a preservação das águas. “Por isso temos que nos unir, no sentido de determinar o que cada um pode contribuir para reduzir a dificuldade de implantar efetivamente as ações. Se cada um fizer um pouco, acredito que o fardo ficará bem mais leve”, ponderou.

Francine Ferreira

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