Um grande número de cursos, sejam eles técnicos ou superiores encontram-se abertos em instituições de ensino. Programas idealizados pelo governo, facilitam cada vez mais a entrada de jovens e adultos em cursos técnicos ou superiores, com possiblidade de bolsas ou financiamentos. Segundo o IBGE (2010), o percentual de pessoas matriculadas no ensino superior que era de 4,4% subiu para 7,9%, demostrando assim um aumento no número de pessoas com acesso à educação.
Porém, ainda hoje um questionamento que é motivo de dores de cabeça para jovens e adultos em nosso país é qual profissão escolher.Vale ressaltar que desde muito cedo os adolescentes jovens veem sendo apresentados, por meio da mídia e das pessoas que os cercam, às várias profissões existentes no mercado de trabalho, crescendo assim envoltos em uma atmosfera que os fazem se aproximar mais de uma ou outra profissão por ela ser mais presente em seu dia a dia, ou mesmo por afinidade. Vale frisar que isso não deverá tornar-se fator determinante para a escolha profissional.
Consta nas literaturas sobre orientação profissional que alguns aspectos acabam tornando-se relevantes na hora da escolha. A influência dos familiares que pode levar o indivíduo a uma dualidade entre escolher o que ele gosta, ou realizar o sonho da família. A crença de que uma vez realizada a escolha, esta será para sempre, sem a possibilidade de mudança.
Neste último em particular, encontram-se resquícios de uma cultura mais “tradicional”, onde preconizava-se a construção de uma carreira que perdurasse por toda vida em uma mesma empresa. Não é difícil ainda hoje encontrar o “Paulo da Padaria”, ou o “Jose do mercado”. Pessoas que por meio do trabalho acabavam ganhando uma identidade na comunidade a qual pertenciam. Há também a procura por profissões que tornem-se mais rentáveis, afim de buscar uma melhor (maior) estabilidade financeira no futuro sem que haja de fato uma identificação com esta escolha.
Frente a estes impasses e duvidas, percebe-se por vezes que a família não possui suporte necessário para suprir e orientar as dúvidas destes jovens, e as escolas por sua vez percebendo as dificuldades inerentes a esta fase da vida ofereçam aos seus alunos o trabalho de Orientação profissional.
Neste caso a orientação profissional, visa esclarecer as possibilidades destes jovens em realizar e seguir a sua profissão de desejo. Portanto, é necessário refletir nas possibilidades da concretização deste desejo, levando em consideração, os meios que este sujeito deverá seguir para atingir seu objetivo.
Faz parte do processo de O.P identificar junto com os participantes se as profissões de interesse necessitam realização de cursos acadêmicos, quais os caminhos de formação, instituições que ofereçam o curso, disponibilidade de tempo para estudo, investimento financeiro, forma de ingresso na instituição entre outras características que devem ser pensadas no trabalho de orientação profissional para que o jovem possa de fato realizar uma escolha consciente.
Pensado estes vários aspectos que permeiam a escolha profissional o jovem poderá assim realizar sua escolha tendo como base dados concretos sobre suas possibilidades e condições contribuindo para uma escolha consciente.
