Trabalhadores das agroindústrias rejeitam 0,91% e ameaçam greve

Na segunda rodada de negociação da Campanha Salarial Unificada das agroindústrias da região, hoje (10), em Criciúma, a direção do sindicato rejeitou na mesa a proposta da multinacional JBS de 0,93% de ganho real e 6,59% do INPC do período abrangendo as unidades de Forquilhinha, Nova Veneza e Morro Grande e, a alteração do plano de saúde dos trabalhadores da JBS Forquilhinha no atual modelo ameaçando paralisar as atividades nos próximos dias.

Hoje, o plano no atual modelo descontando R$ 28,00 é a maior prioridade dos trabalhadores. Ele foi conquistado com muita luta após uma greve há mais de 20 anos, em 1994 e, mesmo o país passando por diversas crises econômicas neste período, nenhuma outra marca anterior a JBS mexeu no benefício. “É uma vergonha uma empresa com o tamanho e a força da JBS querer retirar este fundamental direito para trabalhador e sua família praticamente dobrando o valor atual passando para R$ 52,00 do titular e cada dependente R$ 104,00”, explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e região (Sintiacr), Célio Elias.

Para o sindicalista sem avanços ainda no índice financeiro de 6% de ganho real e demais reivindicações como abono de mil reais, redução do ritmo de trabalho, cesta básica no valor de R$ 200,00, vale-transporte de 1%, auxilio creche, ampliação das pausas de 10 minutos entre outras, os trabalhadores irão para a greve. “Iremos comunicar a categoria esta proposta vergonhosa e organizar uma forte mobilização com os avicultores que também sofrem com a baixa remuneração após a assembleia deles marcada para o próximo sábado. Teremos o apoio da Confederação Nacional da alimentação e sindicato de Carambéi – PR e demais entidades” pondera o sindicalista.

Maristela Benedet

Trabalhadores das agroindústrias rejeitam 0,91% e ameaçam greve