Justiça nega interdito proibitório na JBS

A 4ª Vara da Justiça do Trabalho de Criciúma negou ontem, 18, a liminar do interdito proibitório ajuizada pela JBS unidade de Nova Veneza em função da greve dos trabalhadores na agroindústria. O Juiz Fabricio Luckmann considerou em seu deferimento que o direito de ir e vir dos trabalhadores estavam sendo respeitados e preservados não observando nenhum tipo de ameaça ou agressão física contra os mesmos que não aderiram ao protesto.

No pedido a multinacional requeria que o sindicato e demais pessoas fossem impedidos de promover manifestações em frente ao acesso de entrada da empresa, podendo fazer somente distante 500 metros.  Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e região (Sintiacr), Célio Elias, foi à vitória da democracia pelo direito legitimo do trabalhador em lutar e buscar melhorias e qualidade de vida a partir do direito constitucional da greve.

“E este parecer favorável da justiça aos só reforça o aumento da adesão à mobilização que hoje chegou a mais de 70% em todos os turnos e vem crescendo. Temos informações de que quem estava trabalhando tanto em Nova Veneza quanto em Forquilhinha foram obrigados e ameaçados em excederem a jornada em mais de duas horas com o ritmo alucinante de trabalho e nem estão indo mais. “Sem aguentar estão ficando em casa, os ônibus estão chegando vazios”, pontua o sindicalista.

A greve iniciou dia 14 na JBS em Forquilhinha e dia 15 em Nova Veneza. O incubatório em Araranguá está com 90% da produção parada.  A categoria não aceita os baixos índices oferecidos pela empresa de 8% de aumento geral, sendo 1,41% de ganho real e 6,59% de INPC do período e redução do ritmo de trabalho.  Os trabalhadores lutam ainda para impedir a mudança no plano de saúde com aumento abusivo de valor.  Neste momento uma reunião de conciliação entre as partes acontece no TRT em Florianópolis.

Maristela Benedet