Irmãs Beneditinas da Divina Providência comemoram bicentenário de Maria Schiapparoli

As Irmãs Beneditinas da Divina Providência têm a alegria de convidar você e sua família para participar da abertura do bicentenário do nascimento da Serva de Deus e Fundadora da Congregação, Maria Schiapparoli.

Neste sábado, 12, haverá missa festiva presidida por Dom Jacinto,  às 19h, na Igreja Matriz São Marcos, em Nova Veneza. Em seguida, haverá a apresentação teatral da vida das Servas de Deus, Maria e Giustina Schiapparoli.

Uma história que se faz providência para o mundo

A Serva de Deus, Maria Schiapparoli, nasceu em Castel San Giovvani, no dia 20 de abril de 1815. Filha de Clemente Schiapparoli e de Mariana Passera, desde a mais tenra idade, experimentou o sofrimento da perda de seus entes queridos, mãe e irmãos. A experiência da orfandade, gerou nela um profundo sentimento de solidariedade e a busca dos valores do Evangelho. Seu coração foi se abrindo sempre mais para a compaixão e acolhimento, especialmente das crianças pobres, abandonadas e expostas ao risco da prostituição.

Madre Maria, alma santa, mulher silenciosa, materna, acolhedora, de uma fé firme e vigorosa, era chamada a “santa sombra” porque fazia o bem só com a sua passagem, deixando rastros do amor, da bondade e da ternura de Deus.

A Serva de Deus Maria Schiapparoli depositava toda a sua confiança na Divina Providência e não perdia a coragem diante das dificuldades e desafios. Possuía o dom de conquistar os corações, era a humilde servidora de todos, dedicando-se amorosamente às meninas órfãs: sempre a primeira a se levantar e a última a se deitar.

As Irmãs Beneditinas da Divina Providência, neste ano jubilar, querem fazer memória e agradecer a Deus o testemunho e a santidade que a Serva de Deus Maria Schiapparoli soube transmitir a todos com sua vida exemplar. Celebrar todo o bem que o Senhor realizou por meio dela.

Que o Senhor abençoe a Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência, que é uma bênção para a Igreja e para o mundo. Venha participar, traga sua família.

As Irmãs Beneditinas da Divina Providência, merecem nosso apoio e admiração, pois, desde 1936 marcam a história de nosso Estado de SC, do Brasil, e do mundo, com o testemunho alegre de sua missão, vivendo o confiante abandono na Divina Providência, acolhendo, assistindo e educando.

A Congregação das Irmãs Beneditinas da Divina Providência teve origem em Voghera (Itália), Diocese de Tortona, no ano 1849, com as irmãs MARIA e GIUSTINA SCHIAPPAROLI.

Um pouco de nossa história – Maria e Giustina Schiapparoli

Naturais de Castel San Giovanni, órfãs de mãe, ainda em tenra idade, transferiram-se com o pai para Voghera, por volta do ano 1832. Em 1835, foram acolhidas no Pio Estabelecimento das Pobres Filhas Derrelitas de Pavia, dirigido desde 1826 por Benedetta Cambiagio Frassinello.

Quando Benedetta Cambiagio Frassinello foi afastada de Pavia em 1838, as irmãs Schiapparoli seguiram-na para Ronco Scrivia, futura sede do Instituto religioso que Benedetta, mais tarde, haveria de fundar.

No início de maio de 1847, Maria e Giustina tiveram que retornar a Voghera para cuidar do pai, então viúvo e doente, e da irmã Luigia que ficara cega. Luigia faleceu após alguns meses e o pai, alguns anos mais tarde. Durante esse periodo, não limitaram a sua missão a cuidar apenas dos familiares, mas se abriram aos problemas sociais de sua cidade.

Um dos problemas mais graves era a mendicância, sobretudo de menores, visto que as leis em vigor não conseguiam remediá-la. Esta chaga se alastrava também em Voghera; era normal encontrar ao longo das estradas crianças e adolescentes que estendiam a mão para obter um pedaço de pão.

As duas irmãs Maria e Giustina Schiapparoli, chamadas pelo Senhor, fizeram-se mães amorosas de tantas crianças entregues à medicância e condenadas a um futuro cheio de perigos materiais e morais. Por isso, decidiram abrir a sua casa para algumas meninas em condições perigosas.

Desse modo, na casa paterna e de forma privada, teve início uma nova família religiosa. Em 1850, alugaram alguns locais, onde abriram uma escola, logo muito frequentada. Acolhiam meninas de famílias de uma certa condição financeira, para poderem manter também as órfãs. Na escola, conviviam sem distinção meninas ricas e meninas pobres.

Ainda no ano de 1850, a Instituição fundada pelas Irmãs Schiapparoli obteve a aprovação diocesana por Dom Giovanni Negri, Bispo diocese de Tortona, como Obra Pia.

Outras jovens quiseram fazer parte desta família religiosa nascente, atraídas pelo perfume de santidade e pelo ideal apostólico das duas irmãs.

Para sustentarem a si mesmas e as meninas acolhidas, as Irmãs não seguiram o costume do tempo de mendigar, mas se empenharam nos trabalhos de costura para a “Collegiata di San Lorenzo de Voghera”.

Em 1860, começaram a surgir outras casas e se desenvolveram as obras de educação e de assistência, com particular atenção às meninas retiradas da miséria e formadas na virtude e nos trabalhos, segundo a condição de cada uma. As dificuldades não desanimaram as duas Irmãs: Confio na Divina Providência que virá em socorro das necessidades desta pobre casa, escreve um dia Giustina com fé e espírito profético.

No dia 10 de janeiro de 1880, depois de muitos anos de experiência, Dom Vincenzo Capelli Bispo de Tortona aprovou o 1° Regulamento das Irmãs Beneditinas da Divina Providência de Voghera e, mais tarde, com o decreto de 21 março de 1916, o Bispo de Tortona Dom Simon Pietro Grassi aprovou o Instituto como Congregação religiosa.

No dia 13 de agosto de 1920, o mesmo Bispo aprovou, oficialmente, o novo regulamento, segundo as prescrições do primeiro Código de Direito Canônico emanado pelo Papa Bento XV. Com o transcorrer dos anos, a semente cresceu e, em 1936, começaram as primeiras fundações no além-mar, no Brasil.

No mesmo ano, a Sé Apostólica, com o decreto de 10/02/1936 …aprovou e confirmou as novas Constituições revistas pelo Abade Plácido Lugano da Congregação Beneditina de Santa Maria de Monte Oliveto.

A aprovação Pontifícia foi sancionada, definitivamente, em 25/10/1943, depois de um setênio de experiência, como Congregação religiosa de Direito Pontifício. Hoje, o Instituto, presente nos diversos continentes do mundo, continua o compromisso carismático das Irmãs Schiapparoli, seguindo a sua espiritualidade de configuração beneditina muito bem expressa no lema Ora et Labora, que se destaca no escudo da Congregação.

Como o Carisma das Fundadoras e do Instituto se encarnou e se tornou evidente na vida da comunidade eclesial da época, refletindo sempre a simplicidade e a humildade das suas origens, assim também, a sua chama incandescente compromete cada Irmã, em todos os tempos, a transmitir, profeticamente, o Evangelho, abrindo-se com confiante coragem e caridade para a ação missionária e para os problemas dos irmãos, especialmente da infância e da juventude necessitada, confiando sempre, na Divina Providência.

Ir. Janaina Clara Nazario