Campanha Salarial: Sem acordo na primeira negociação das agroindústrias

Na primeira negociação da campanha salarial das agroindústrias da região de Criciúma não teve acordo. A reunião aconteceu no dia de ontem (7), entre a direção do Sindicato da Alimentação e diretores da JBS Foods em Forquilhinha.

Um segundo encontro ficou marcado para dia 20, às 9h, no mesmo local. Conforme o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e Região (Sintiacr), Célio Elias, a empresa ofereceu somente a inflação do período de 9,90%.“E isto representa menos que ano passado,em 2014 tivemos ganho real e nessa proposta não tem ganho real”, disse Célio.

Neste ano, os cerca de três mil trabalhadores reivindicam INPC mais 5% de aumento real; redução do vale-transporte de três para 1%; abono de um piso da categoria – R$ 1.135,00; plano de saúde – Unimed para quem não possui com a mesma política vigente; auxílio-maternidade para 180 dias para todas as unidades; reajuste na cesta-básica de 20%; levar filho ao médico 40 dias por ano; congelamento dos valores da refeição e manutenção dos adicionais de insalubridade e periculosidade entre outros.

A data-base é 1º de outubro. O sindicalista avalia que o setor de processamento de carne está vivenciando um dos seus melhores momentos. “Com a valorização do dólar a maior parte da sua produção é vendida para o comercio externo aumentado à margem de lucro.

A suposta crise está fazendo bem a empresa. Por isso, esperamos que a proposta melhore e os trabalhadores também sejam reconhecidos, pois são os agentes principais neste processo contribuindo para gerar todo este lucro”, destaca. A JBS Foods é a maior produtora global de carnes e teve lucro líquido de R$ 618,8 milhões no quarto trimestre deste ano. A comercialização de carne de frango deve encerrar o ano com 4,3 milhões de toneladas, ou seja, 5% maior em comparação a 2014, conforme a estimativa da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Maristela Benedet